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Desemprego é a principal preocupação das gerações Z e Millennials

Pesquisa da Deloitte com representantes das duas gerações, em todo o mundo revela que, no Brasil, desemprego é a preocupação número 1, enquanto o custo de vida predomina de forma global

desemprego © - Shutterstock
por Redação agosto 24, 2023
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No recorte voltado para o Brasil, o desemprego é a principal preocupação do trabalhador, em uma lista de cinco itens apresentada em pesquisa da Deloitte abrangendo representantes da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2004) e dos Millennials (nascidos entre 1983 e 1994). Somados, no cômputo global da pesquisa, que envolveu 44 países, os membros da Geração Z e Millennials têm como principal preocupação o custo de vida, ficando o desemprego em segundo ou terceiro lugar na lista de atribulações.

Na listagem da Geração Z no Brasil, o desemprego é a preocupação número 1 dos trabalhadores (32%), seguido do custo de vida (31%), desigualdade e discriminação (30%), violência e segurança pessoal (24%), e educação e treinamento (21%). Os resultados para os Millennials são semelhantes, embora o tema mudanças climáticas também apareça na pesquisa. Os entrevistados nascidos entre 1983 e 1994 listaram o desemprego (31%), custo de vida (28%), violência e segurança pessoal (26%), corrupção (20%), e mudança climática (19%) como as principais preocupações.

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Já no cômputo global da pesquisa, para a Geração Z, o custo de vida (35%) lidera as preocupações, seguido do desemprego (22%), da mudança climática (21%), saúde mental da geração (19%) e violência e segurança pessoal (17%). Os Millennials, na leitura global, se preocupam mais com o custo de vida (42%), seguido da mudança climática (23%), desemprego (20%), cuidados de saúde (19%), e violência e segurança pessoal (18%). 

Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

© – Shutterstock

A 12ª edição da pesquisa, a Millennial & Gen Z Survey 2023, foi finalizada em março de 2023 e ouviu 22 mil pessoas de quatro. No Brasil, foram 800 entrevistados – 500 da Geração Z e 300 Millennials. A nova edição da pesquisa analisa como os últimos três anos impactaram essas gerações em todo o mundo.

Globalmente, a nova pesquisa descobriu que “os empregadores progrediram desde os tempos pré-pandêmicos, mas ainda não atendem às expectativas dos empregados”. A satisfação com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e com as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão, e sustentabilidade ambiental das empresas tem aumentado. No entanto, a maioria não se impressiona com o impacto social geral das organizações.

Focando no recorte Brasil, as gerações Z e Millennials estão repensando o papel do trabalho em suas vidas. Aproximadamente metade da geração Z e da geração do milênio ouvidos no Brasil diz que o trabalho é fundamental para sua identidade, mas o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é primordial. Este equilíbrio é a característica número 1 que eles admiram em seus colegas e sua principal consideração ao escolher um novo empregador.

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Trabalho remoto ou híbrido

© – Shutterstock

Entre outros insights, globalmente, a pesquisa aponta que os profissionais dessas gerações valorizam o trabalho remoto e híbrido. Três quartos dos entrevistados que estão atuando nesses módulos de trabalho considerariam procurar um novo emprego, caso fosse solicitado pela organização o retorno ao trabalho presencial em tempo integral.

Tanto globalmente quanto no Brasil, o assédio no local de trabalho pode ser considerado preocupante. Mais de seis em cada 10 Geração Z (61%) e cerca de metade dos Millennials (49%) já vivenciaram algum tipo de assédio ou microagressões no trabalho nos últimos 12 meses. E-mails inapropriados, avanços e contatos físicos são os tipos mais comuns de assédio.

Globalmente, os níveis de estresse e ansiedade estão elevados e episódios de burnout estão aumentando. Quase metade da Geração Z (46%) e quatro em cada 10 Millennials (39%) dizem que se sentem estressados ​​ou ansiosos no trabalho o tempo todo ou a maior parte do tempo.

Mudanças climáticas

As preocupações com as mudanças climáticas, globalmente, têm um grande impacto na tomada de decisão dessas duas gerações, desde o planejamento familiar e melhorias em casa até para consumo, carreira e local de trabalho. Apesar disso, mais da metade dos entrevistados acredita que será mais difícil (ou impossível) pagar mais por produtos e serviços sustentáveis ​​se a situação econômica permanecer a mesma ou piorar.

No recorte Brasil, a pesquisa também apontou quem tem responsabilidade significativa para liderar questões sociais e problemas ambientais. Os principais grupos considerados importantes/líderes para as questões sociais no Brasil foram políticos, líderes de negócios e advogados da área de Justiça social e sustentabilidade. Os grupos considerados como tendo um papel menos importante nas questões sociais no Brasil foram estrelas do esporte, influenciadores e personalidades do jornalismo televisivo.




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