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Liderança feminina pede mais demissão, mostra fenômeno “the great breakup”

Em busca de flexibilidade, bem-estar e diversidade no ambiente corporativo, mulheres têm deixado cargos de liderança

great breakup © - Shutterstock
por Redação julho 6, 2023
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O pedido de demissão entre as mulheres líderes nos Estados Unidos está atingindo índices históricos, de 10,5%, segundo a pesquisa Women in the Workplace, realizada pela McKinsey em parceria com a LeanIn.Org. Entre os homens, o índice foi menor: 9%. O fenômeno, nomeado como “the great breackup”, também chama atenção pelo fato de que tanto as profissionais mais maduras quanto as mais jovens e, naturalmente, mais ambiciosas, estão trilhando o mesmo caminho.

De acordo com o relatório, as mulheres líderes são tão ambiciosas quanto seus pares masculinos, mas enfrentam ventos contrários em suas corporações, indicando uma progressão de carreira mais difícil. Entre os desafios, está a propensão a sofrer microagressões depreciativas, como ter seu julgamento questionado, ou ainda ter sua maturidade questionada. Outro dado indica a crescente importância – para as líderes femininas – da priorização da flexibilidade, bem-estar e diversidade no ambiente corporativo.

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O levantamento aponta ainda que menos mulheres subiram na hierarquia, durante anos, no primeiro nível da gerência. Agora, as empresas estão lutando para manter as relativamente poucas mulheres líderes que possuem. E todas essas dinâmicas são ainda mais atuantes para as mulheres negras.

The great breakup tem peso para as companhias

Segundo os autores do relatório de pesquisa, se as empresas não agirem, correm o risco de perder não apenas suas atuais líderes, mas também a próxima geração de mulheres líderes. As mulheres jovens são ainda mais ambiciosas e valorizam mais o trabalho em um local de trabalho igualitário, solidário e inclusivo. Eles estão vendo as mulheres mais velhas partirem em busca de melhores oportunidades e estão preparados para fazer o mesmo.

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O relatório condensa informações de 333 organizações participantes, responsáveis por empregar mais de 12 milhões de pessoas. O alvo direto da pesquisa foram mais de 40 mil funcionários, com entrevistas envolvendo mulheres de diversas identidades – incluindo negras, de orientação LGBTQIAPN+ e mulheres com deficiência. O objetivo foi obter uma visão interseccional de preconceitos e barreiras.




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