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PCDs ocupam apenas 0,5% das vagas de liderança

Dado integra um levantamento da Talento Incluir, consultoria especializada em diversidade e inclusão

pcds © - Shutterstock
por Redação maio 2, 2024
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    Impacto positivo e legados sustentáveis

A inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) em cargos de comando ainda é falha no Brasil. Os números são claros: menos de 0,5% das vagas em liderança são ocupadas por candidatos dessa categoria. Em 0,3% dos casos, os salários eram superiores a R$ 8,9 mil. A maior parte dos cargos – 82% – foram para ocupações de entrada, o que significa salários médios de R$ 1,6 mil. A maior parte das contratações desse grupo foi destinada às áreas administrativas e comerciais.

Os dados fazem parte de um levantamento da Talento Incluir, consultoria especializada em diversidade e inclusão, e trazem um recorte de 2022. Outra pesquisa da instituição, em parceria com a também consultoria Noz Inteligência, confirma a tendência de subaproveitamento de PCDs nas disputas de vagas. Intitulado “Pessoas com Deficiência e Empregabilidade”, o estudo apontou que 60% das pessoas com deficiência entrevistadas nunca foram promovidas. E mais: 53% desse universo tem curso superior e 45% trabalha na mesma corporação há pelo menos dez anos.

Uma reportagem do Diário PCD sobre a pesquisa da Talento Incluir mostra que o quadro nos últimos anos parece não ter mudado: com dados de 2019, o relatório do IBGE publicado em 2022 revela que a taxa de participação dos PCDs no mercado de trabalho era de 28,3%, enquanto a taxa das pessoas sem deficiências era de 66,3%. A diferença salarial desse público chegava a cerca de R$ 1 mil a menos que o rendimento médio das pessoas sem deficiência.

Para mudar esse cenário, as iniciativas devem superar o capacitismo, na avaliação da CEO da Talento Incluir, Katya Hemelrijk. Mesmo tecnicamente preparadas para ocupar cargos de liderança, as PCDs enfrentam preconceitos e precisam do apoio das empresas que as contrataram.

Katya lembrou que é necessário avançar nas políticas de inclusão e diversidade. De acordo com ela, afinal, “não basta contratar, mas é necessário desenvolver, acolher e manter, de fato, a diversidade”.




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