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Diretor de felicidade ganha espaço nas empresas

Cada vez mais as companhias apostam no CHO (chefe da felicidade corporativa) para ampliar produtividade e bem-estar dos colaboradores

felicidade no trabalho © - Shutterstock
por Redação janeiro 3, 2024
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Trabalhar não é só se esforçar e se dedicar em busca de bons resultados. O trabalho também pode conter uma boa dose de felicidade, saúde e bem estar, capazes de estimular o desempenho dos funcionários e ajudá-los a progredir como profissionais e seres humanos. A busca da felicidade no trabalho tem se tornado uma tendência no mundo corporativo e é alvo de muitas lições ensinadas no curso de felicidade corporativa da Fundação Dom Cabral (FDC), por exemplo.

Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo detalhou a questão, pontuando que os ensinamentos em torno da felicidade no trabalho podem parecer retirados dos manuais de autoajuda ou de conceitos básicos de educação. Mas, na verdade, eles fazem parte de um roteiro de gestão que grandes companhias têm construído nos últimos anos, e que já é tratado como uma tendência com potencial de transformar a cultura empresarial em diferentes setores.

O movimento não é novo. Há cerca de dez anos, já despontavam iniciativas do tipo na Europa e nos EUA, onde empresas começaram a criar uma área específica para cuidar da felicidade no  trabalho, com um diretor dedicado exclusivamente ao tema: o CHO, sigla para Chief Happiness Officer ou chefe da felicidade corporativa.

Covid-19 trouxe preocupação com saúde mental

Até um passado recente, o foco dos debates sobre felicidade no trabalho ficava mais concentrado na retenção de talentos – o cultivo de uma força de trabalho satisfeita ajudaria a atrair bons profissionais e mantê-los na organização, elevando o desempenho da companhia como um todo. Até que veio a pandemia de Covid-19, reforçando a preocupação com a saúde mental no contexto do bem-estar corporativo.

Felicidade no trabalho e sustentabilidade na empresa

Felicidade no trabalho
© – Shutterstock

“As grandes doenças do século 21 são questões de saúde mental, ansiedade, depressão, solidão e déficit de atenção. A gente sente no trabalho, na família e em vários ambientes”, disse Vinicius Kitahara, que apresenta o curso da FDC e dirige uma consultoria especializada no tema (Leia entrevista exclusiva com ele neste link).

A criação de um ambiente saudável e que envolva segurança psicológica contribui para a sustentabilidade do negócio a longo prazo, segundo o professor. Os relacionamentos de qualidade e confiança seriam, portanto, o fator de maior contribuição para a felicidade no trabalho. “Porém, esse tipo de relação é escasso no expediente de trabalho”, afirmou Kitahara. “A gente acredita que a felicidade traz sustentabilidade para o negócio. Fala-se em redução de níveis de burnout, redução de turnover, maior produtividade, acréscimo nas vendas, maior eficiência no trabalho. Todos os estudos mostram isso”, acrescentou.

Saúde e bem-estar precedem desempenho profissional

felicidade no trabalho
© – Shutterstock

Já em matéria da VOCÊ RH, há um bom panorama do peso da felicidade no trabalho. Segundo a publicação, de acordo com um estudo da Gallup, empresas com funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais. Já uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.

A VOCÊ RH confirmou que a felicidade no trabalho está se tornando tão relevante que as empresas têm ampliado os postos de diretor de felicidade, ou Chief Happiness Officer (CHO). O conceito surgiu na Dinamarca, em 2003, quando a empresa Woohoo Partnership criou uma metodologia voltada para promover mudanças positivas e duradouras no ambiente corporativo.

No Brasil, o conceito chegou há cerca de cinco anos, com motivos de sobra para ser levado a sério. Somos o país mais ansioso do mundo, segundo um estudo anterior à pandemia, que avaliou 24 países e foi publicado no periódico científico PLoS One. Ocupamos, também, o quinto lugar no ranking mundial da depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e o segundo em burnout, conforme uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR).




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