As startups que atuam no setor de energia na América Latina podem ser consideradas catalisadoras da transição energética. Os números da iniciativa iIMPACT, da Innovation Latam, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), mostram isso. Eles indicam que a totalidade das empresas desse tipo, analisadas entre 2021 e 2023, estão alinhadas com a agenda 2030 dos Objetivos dos Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
E mais: 90% das energytechs da região são consideradas negócios conscientes, ou seja, que buscam servir a um propósito maior, além do lucro, conduzindo o empreendimento de maneira humanizada.
Outro dado é que 65% delas têm como foco proteger o planeta para que ele possa sustentar as necessidades da geração presente e futura. E pelo menos 63% das energytechs acompanhadas são sustentáveis, com ênfase no ODS 12, que trata justamente do consumo e produção responsáveis.
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Ranking
A recente eleição das dez energytechs feita pelo site Canal Energia também comprova essa ligação: do grupo de eleitas, os focos de atuação que se destacam envolvem “Big Data & Analytics” e “Internet das Coisas”. A pegada pode ser medida ainda pela outra ponta, ou seja, pelos clientes das energytechs, concentrados em sua maioria em áreas como de energia elétrica renovável, seguida por óleo e gás e serviços profissionais.
A CUBi Energia, startup de gestão de energia, lidera o ranking de atratividade no segmento, fazendo parte de um grupo de 171 startups com contratos validados de inovação aberta com corporações. Esse número seria 7% superior em relação a 2022.
A Agência EPBR, por sua vez, aponta que as startups com soluções relacionadas à transição energética teriam recebido investimentos de R$ 1,35 bilhão em 2022, confirmando que o setor de renováveis movimentou o mercado de fusões e aquisições (M&A) no balanço daquele ano.