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Liderança
Criar e manter uma rede de contatos profissionais é uma questão estratégica. Segundo uma pesquisa do Linkedin, mais de 70% dos profissionais são contratados em empresas onde eles já têm uma conexão. Mais do que isso: quem se candidata a uma vaga e tem indicação interna, pode ter nove vezes mais chances de ser contratado. Para quem se interessou pelo tema, a boa notícia é que o networking tem método.
A Forbes Brasil, em reportagem sobre o tema, destacou dez iniciativas que podem criar e fortalecer os laços profissionais e um começo é justamente aproveitar os momentos de descontração, nas pausas para o café ou em happy hours. Um segundo ponto é saber identificar qual é a “sua turma”, ou seja, em que momento da carreira você está e de quem seria importante se aproximar.
Os primeiros passos também devem visar os contatos mais acessíveis, o que pode incluir amigos de escola ou faculdade, por meio de redes profissionais como o Linkedin. A socialização inclui ainda participar de eventos de terceiros ou mesmo criar os seus próprios. Essa iniciativa é particularmente segura para as mulheres, segundo a jornalista Ana Paula Padrão. Aliás, a própria entrevista de trabalho pode ser um momento de criar laços.
Deixar a rede de contatos bem informada é a sexta dica dos especialistas e inclui ações como compartilhar informações úteis, ao mesmo tempo em que se divulga também o status da carreira.
Outro aspecto que não passa despercebido é a linguagem corporal, pois apenas 7% de toda a nossa comunicação é verbal. “A comunicação não-verbal raramente é treinada, mas é fundamental e pode ter um enorme impacto no sucesso profissional”, detalha a reportagem da Forbes Brasil.
Os três outros pontos dos “dez mandamentos do networking” incluem a iniciativa de agradecer apoios, criar conteúdo e pensar a longo prazo. A respeito do primeiro, é bom lembrar que a gratidão fortalece a motivação de quem se propõe a ajudar. Em relação à criação de conteúdo, lembre-se que a informação de qualidade demonstra competência. Já o pensamento a longo prazo mostra maturidade, ao destacar que as carreiras não são lineares e precisam ser cultivadas.
Atributos da Tribo
Para Brunno Montolli, gerente de Novos Negócios da Carapreta e Alumni da Fundação Dom Cabral (FDC), a criação de uma boa rede de relacionamento profissional pode ser feita independente se o perfil profissional for mais tímido ou conservador. Nesse caso, as indicações dele são de trabalhar a imagem ou ser reconhecido pela qualidade das entregas que o profissional faz.
“Para personalidades tímidas, realizar entregas consistentes, ser um profissional conciliador, fará com que seja sempre lembrado e parte de uma rede”, reforça Montolli. Ele também aconselha que os profissionais com esse perfil associem-se às redes de colegas que já possuem um networking consistente.
Já em relação à procura da “turma” mais adequada, Montolli argumenta que todos possuem desejos universais como riqueza ou paz interior e as dificuldades são conectores de pessoas. “Logo, é por meio destes valores e de nossos objetivos que somos guiados à tribo desejada”, avalia. “A ‘tribo’ deverá contribuir para o pertencimento”, completa.
“Given first”
Os conceito da tribo envolve códigos culturais e valores, além da necessidade de um ponto de encontro físico. A figura do líder, por outro lado, está ligada à representatividade. Outros três aspectos, de acordo com ele, são as hierarquias, rituais e a identificação à tribo. “O ‘given first’ é um princípio de networking. Contribuir verdadeiramente com o outro”, continua Montolli. “Uma escuta ativa, por exemplo, é necessária como técnica para uma boa criação de boas redes”, finaliza.
