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45% das empresas devem aumentar os investimentos na agenda ambiental

Estudo com líderes globais mostra que esses profissionais estão cada mais compromissados com a agenda ESG, mas revela quatro lacunas na forma de gerir as equipes e as operações

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por Redação janeiro 24, 2024
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Estudo produzido pela consultoria Russell Reynolds Associates revela que os líderes globais nas empresas expressam, cada vez mais, maior comprometimento com a agenda de sustentabilidade. No entanto, existem quatro lacunas que interferem na forma de gerir as equipes e conduzir as operações, que requerem atenção estratégica para que os projetos se transformem em ações efetivas.

Segundo matéria publicada no jornal Valor Econômico, o estudo “Divisões e Dividendos 2023” ouviu 3.813 líderes sêniores e 8.753 colaboradores de empresas em 104 países, incluindo o Brasil. Dentre as muitas descobertas positivas da pesquisa, está a de 45% dos executivos terem dito que os investimentos na agenda ambiental devem aumentar em 2024.

Outra revelação importante é que os temas sociais são apontados como alvo de investimentos por 74% dos entrevistados e as ações ambientais, por 70% deles. Os brasileiros se destacaram acima da média global do estudo, vendo seus CEOs mais comprometidos com questões ambientais, trabalhistas, regulatórias e sociais.

Executivos brasileiros se destacam

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“O fato de 91% dos entrevistados brasileiros perceberem seus CEOs mais envolvidos com a agenda indica que os líderes, aparentemente, estão conseguindo transmitir melhor isso para seus times”, analisa Tatyana Freitas, líder da prática de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e Ambiental, Social e Governança (ESG) ,da Russell Reynolds.

A Russell Reynolds descreve, entretanto, quais são as quatro lacunas que interferem na agenda de sustentabilidade das empresas, e como elas podem ser transformadas.

Mentalidade disruptiva

  • A pesquisa mostra que 76% dos líderes veem seus CEOs comprometidos com as práticas sustentáveis. Porém, só metade acredita que eles estão impulsionando a inovação necessária e fazem investimentos ousados para transformar suas empresas. “Sem uma liderança com mentalidade inovadora e metas ambiciosas, a agenda avança mais lentamente que o ideal”, ressalta Tatyana.

Motivação

  • Boa parte dos líderes vê a sustentabilidade como construção de marca e não uma alavanca para o negócio. Apesar de 96% reconhecerem o impacto do conceito nos negócios a longo prazo, apenas 21% citam o lucro maior entre os benefícios das ações sustentáveis. “É preciso enxergar a sustentabilidade como criação de valor para os negócios”, comenta a executiva.  

Responsabilização

  • Há um aumento de 19% no número de executivos com remuneração ligada a resultados em ESG, mas só 32% enxergam critérios de sustentabilidade em avaliações de desempenho. “Responsabilizar a liderança pelos resultados ajuda a imprimir velocidade na evolução da agenda”, afirma Freitas.

Engajamento

  • O estudo identificou que 63% dos executivos estão motivados para melhorar a sustentabilidade da organização. Mas, apenas 57% deles se sentem empoderados para criar as soluções. Ou seja, os líderes precisam atrair mais as equipes para perto dessa jornada.

Agenda de sustentabilidade é ampla

Texto publicado no site Meio&Mensagem define a sustentabilidade empresarial como “um conjunto de práticas com o objetivo de garantir o desenvolvimento das organizações a partir de ações mais conscientes e de políticas socioambientais mais responsáveis”.

Segundo o artigo, o conceito vai além da preservação ambiental, envolvendo também iniciativas econômicas e sociais, que podem trazer benefícios internos e externos à organização. Para as marcas, o comprometimento com a sustentabilidade tende a trazer vantagem competitiva e influenciar as relações com os consumidores.

Oportunidades dos ODS para as empresas

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Artigo publicado no Blog do Desenvolvimento, da Agência BNDES de Notícias, lembra que, em 2015, na Assembleia Geral da ONU,  todos os países comprometeram-se a adotar medidas para o desenvolvimento sustentável, por meio da Agenda 2030, um plano de ação que indica 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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Mas os ODS não têm importância apenas para as nações envolvidas no pacto. Segundo o artigo, tais objetivos representam “enormes oportunidades” para as empresas. Um dos benefícios que podem ser alcançados pelas companhias é a possibilidade de identificar oportunidades de negócios, utilizando os desafios dos ODS para entregar soluções inovadoras.  

Ações ESG atraem investimentos financeiros

Os investimentos em sustentabilidade também melhoram a posição das empresas no mercado financeiro. Segundo matéria publicada no site Investnews, estudos defendem que as práticas ESG tendem a proporcionar melhores resultados para os negócios, tanto no sentido de lucratividade quanto na melhor imagem da empresa. Por isso, muitos investidores procuram fazer aportes financeiros nas companhias que seguem essas diretrizes.




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