close

Quiet ambition: ambição por liderança perde espaço para bem-estar

Ambição silenciosa mostra que profissionais estão priorizando pautas particulares em detrimento de metas no trabalho

quiet ambition © - Shutterstock
por Redação outubro 30, 2023
  • Impacto positivo e legados sustentáveis Mais informações
    Impacto positivo e legados sustentáveis
  • Liderança Mais informações
    Liderança

O quiet ambition é um novo conceito começa a ser popularizado no Brasil, embora tenha sido criado no universo corporativo dos Estados Unidos. A tradução ao pé da letra seria ambição silenciosa, mas o conceito pode ser entendido como o posicionamento de se atender somente as tarefas que estão na tradicional descrição de cargo (job description).

De forma geral, o quiet ambition implica reduzir a quantidade de esforço que alguém dedica ao trabalho, como interromper a conclusão de quaisquer tarefas não explicitamente listadas para a função que ela exerce. O problema do conceito é que isso não é comunicado ao chefe e sim feito de forma reservada.

Nesse sentido, podemos atribuir ao termo um sentido de (quiet quitting – ou desistência silenciosa), que não é abandono do emprego, mas envolve redução de produtividade ou de volume de trabalho executado.

Quiet ambition e abdicação de liderança

© – Shutterstock

O quiet ambition tem sido discutido no contexto da insatisfação do trabalhador, do esgotamento, do desligamento e da tendência de não priorizar o trabalho em favor de outros aspectos da vida. Essa característica ressalta que o significado de ambição vem sendo redefinido e, em nome da saúde física e mental, muitos profissionais estão, inclusive, rejeitando posições de liderança.

Essa tendência foi destacada pela Forbes, em reportagem recente, na qual destaca que a mudança vem sendo pautada pela geração Z, questionadora dos formatos de relacionamento no trabalho. De acordo com a publicação, o quiet ambition é mais um assunto a ser acompanhado na mesma onda do quiet quitting, do lazy job e de outras tendências similares no mercado corporativo.

Citando uma pesquisa da Gallup, a Forbes informa que os adeptos do quiet quitting são pelo menos 50% da força de trabalho nos Estados Unidos. Outra pesquisa – da plataforma canadense Visier, de people analytics – mostra que os profissionais estão evitando cargos de gestão para ter mais tempo livre. A era da ambição silenciosa, na definição da Fortune, outra referência editorial do mundo de negócios, é que os jovens estariam se recusando a trabalhar apenas por trabalhar.

Segundo a pesquisa canadense, 62% dos entrevistados preferem permanecer como estão, sem gerenciar outros profissionais, e apenas 38% estariam interessados em tornar-se gestores de equipes. As metas descritas focam na vida particular e não no ambiente de trabalho, sendo que sete, entre 10 pessoas, preferem passar o tempo com a família e amigos.

Para 64%, a prioridade é a saúde mental e física, enquanto 58% preferem viajar. Apenas 9% colocam como prioridade tornar-se um gerente de pessoas e 4% afirmam ter a ambição de tornar-se um executivo de alto escalão.




Os assuntos mais relevantes diretamente no seu e-mail

Inscreva-se na nossa newsletter