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Liderança -
Estratégia e governança
Estudo realizado pela McKinsey & Company mostrou que a dinâmica das empresas para reter talentos no Brasil ainda é muito fraca. O levantamento, que ouviu 350 lideranças de 14 segmentos, procurou revelar de que forma as organizações brasileiras têm se preparado para alcançar suas estratégias de retenção. Mas, a pesquisa apontou que somente 3% das companhias acreditam que possuem, hoje, as capacidades necessárias para alcançar suas estratégias.
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“As empresas costumam acrescentar elementos em suas estratégias sem, necessariamente, ter as capacidades certas em vigor para alcançá-los”, comenta Fernanda Mayol, sócia da McKinsey & Company. Para alcançarem suas metas, a executiva destaca a importância de as organizações garantirem que a sua força de trabalho, incluindo seus talentos, tenha a composição certa para chegar aos objetivos. As habilidades individuais devem estar distribuídas em níveis adequados de proficiência, considerando os “talentos digitais” de forma específica.
Diamante substitui pirâmide
“O formato piramidal que refletia, há algumas décadas, a distribuição de proficiência dos funcionários de uma organização (de iniciante a especialista), já não se aplica mais para talentos digitais”, explica Mayol. “Para esses profissionais, as organizações têm adotado o formato diamante, onde a maior participação não é mais de profissionais iniciantes, mas, sim, de pessoas que já estão no meio de sua jornada de desenvolvimento,” acrescenta.
A pesquisa mostra que para reduzir o ‘gap’ de capacidades, as companhias, preferencialmente, exploram o desenvolvimento de habilidades nos seus times, realocando seus talentos. O recrutamento externo vem em terceiro lugar, como preferência de 45% dos respondentes.
Empresas têm poucos recursos para investir em talentos
O estudo revelou que apenas 39% das organizações ouvidas têm iniciativas direcionadas à revisão dos planos de carreira dos funcionários. A pesquisa também levantou que as empresas contam com poucos recursos para investir no talento de funcionários.
“Os líderes apontam recursos insuficientes para alavancar iniciativas de melhoria da experiência dos colaboradores, sendo esse o principal desafio para 65% dos respondentes”, afirma Fernanda Mayol. Dessa forma, as organizações ainda estão focadas em entender o que pode melhorar a experiência de seus funcionários (41%) e em iniciativas pontuais, como treinamentos voltados às lideranças para dar e receber feedbacks (42%).
Como reter funcionários bem preparados
Fernanda Mayol e Monique Araújo (também associada da McKinsey) apontam 5
iniciativas críticas para as organizações que desejam atrair e reter talentos.
- Aprimorar sua proposta de valor e customizá-la para (grupos de) indivíduos específicos, uma vez que uma solução única não serve para todos.
- Refinar o processo de seleção para capturar os melhores talentos – não apenas sob a ótica de melhoria de processo (garantir que o processo inclua todas as pessoas importantes de serem ouvidas para uma melhor tomada de decisão), mas também visando a melhoria da experiência do candidato (focar em processos mais curtos, evitando desistências).
- Medir e melhorar o processo de recrutamento usando dados, métricas e cadência rigorosa, migrando de uma visão macro para uma visão detalhada em que se acompanha o funil e a performance de cada etapa do seu processo.
- Criar uma estratégia de marca empregadora e agir proativamente na construção dessa imagem para o público de talentos que se deseja alcançar.
- Ajudar os profissionais a encontrarem propósito e significado no local de trabalho. No Brasil, 44% dos líderes afirmam que as pessoas na sua organização ainda não encontram um nível satisfatório de propósito em seu trabalho diário.
