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IA pode ajudar em políticas de diversidade e inclusão

Especialista americana aponta como a inteligência artificial (IA) pode ser usada em boas práticas de diversidade e inclusão

ia diversidade e inclusao © - Shutterstock
por Redação agosto 17, 2023
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A Inteligência Artificial (IA) pode ser adotada para melhorar as políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), segundo Amira Barger, professora adjunta de marketing e comunicação na California State East Bay. De acordo com ela, o uso da tecnologia acontece em duas frentes principais. A primeira delas é no aprimoramento da percepção e na implementação nas tarefas relacionadas ao ciclo de vida do funcionário. Nesse caso, a tecnologia poderia ser um co-piloto em ações de atração, recrutamento, integração, retenção e separação em iniciativas de DEI.

O segundo uso envolve o dimensionamento e apoio do trabalho das equipes de DEI, permitindo a automatização de auditorias e análises de dados. Estudos citados por Amira, usando análise de linguagem baseada em IA, indicaram que 80% das mensagens de diversidade, de cerca de 500 empresas da lista da Fortune, centravam o compromisso e investimento nos resultados. Apenas 5% se baseavam na ideia de justiça social.

Uma das explicações de Amira é de que entidades governamentais, ONGs e empresas não têm recursos humanos suficientes, e a IA pode otimizar o trabalho em iniciativas de DEI, funcionando como um co-piloto dos profissionais, automatizando tarefas repetitivas e salvando tempo.

Preconceito e discriminação são desafios para programadores

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© – Shutterstock

Um ponto de atenção, no entanto, se refere a viés de preconceito e discriminação. Em artigo da Fast Company, Amira destaca que a tecnologia não elimina esse desafio, uma vez que os algoritmos podem refletir o preconceito de quem está à frente da programação. Esse problema já teria sido apontado no uso de IA em carros autônomos e softwares de reconhecimento facial.

Amira fala com propriedade, pois tem trabalhado com consultoria sênior em diversidade, equidade e inclusão, além de multiculturalismo, há quase 20 anos. Antes de ingressar na Edelman, Amira atuou como vice-presidente sênior de relações públicas e assuntos públicos na Ogilvy, onde liderou esforços para apoiar clientes governamentais, corporativos e sem fins lucrativos na adoção de práticas centradas no patrimônio, para alcançar comunidades historicamente carentes.

A especialista também destaca que ações de diversidade focadas em lucros podem ser um tiro no pé ao fazer com que os profissionais identificados com pessoas de grupos excluídos e sub-representados se afastem do processo. Para ela, o uso da IA não é apenas uma questão de local de trabalho, mas tem implicações sociais, envolvendo educação, interação interpessoal e outras demandas.




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