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5 passos para a Trilha da Longevidade em Médias Empresas 

Gilmar Melo, professor associado e pesquisador da Fundação Dom Cabral, indica os 5 passos para a Trilha da Longevidade nas Médias Empresas.

longevidade medias empresas © - Shutterstock
por Redação agosto 11, 2022
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As empresas médias que duram têm alguns pontos em comum e eles vão de um modelo de gestão que olha para o futuro à percepção do papel da tecnologia como impulsionador da longevidade. A governança que facilita o acesso a financiamentos externos e juros menores também estão no rol de boas práticas, segundo Gilmar Melo, professor associado e pesquisador da Fundação Dom Cabral, que condensa essas e outras informações em cinco pontos-chave para a Trilha da Longevidade de Médias Empresas. Acompanhe.

1. Gestão orientada a resultados

Em geral, no Brasil, as médias empresas têm algum vínculo familiar ou uma gestão separada do controle acionário da família. Elas têm a opção de permanecerem médias o tempo todo, mas é razoável que queiram crescer e uma das dores do crescimento é definir o modelo de gestão. Nesse caso, as médias empresas que querem manter-se longevas precisam ter um modelo de gestão orientado a resultados e com olho no futuro. Longevidade, portanto, não significa que elas devam ficar no estágio de médias o tempo todo, mas sim passar por ele de forma tão consistente para que tenham uma trajetória sólida até tornarem-se grandes empresas.

2. Preparar-se para o capital de terceiros

© – Shutterstock

As médias empresas não crescem sem investimento e o motor para isso é o crédito. Historicamente, essa é uma dificuldade para as empresas desse porte, uma vez que as fontes de investimentos no Brasil foram desenhadas e funcionam bem para as grandes empresas. 

É o caso do BNDES e de outros mecanismos, como fundos de investimentos. O acesso ao capital de terceiros, que é mais barato, tem uma série de exigências e garantias, além de registros contábeis formalizados. 

Outro complicador são as altas taxas de juros, cujo resultado é que muitas médias empresas optam pelo autofinanciamento, que é mais caro. Preparar-se para ter acesso ao capital de terceiros, portanto, é crucial e está ligado ao próximo passo da Trilha da Longevidade de Médias Empresas.

3. Estruturar a governança

A Trilha da Longevidade também envolve o entendimento de como as decisões são tomadas nas empresas. Pelo seu perfil familiar, normalmente elas ficam concentradas nas mãos do empreendedor/fundador. É ele quem faz as análises e identifica as oportunidades de negócios. Esse modelo – que funcionava bem para mercados estáveis – não funciona para mercados dinâmicos, nos quais a tolerância a erros é mínima. Por isso, as médias empresas que miram na longevidade precisam estruturar um modelo de governança. Isso envolve o já citado modelo de gestão, mas, além de projetá-lo, é necessário saber conduzi-lo de forma segura, com acompanhamento profissional e acesso a financiamentos com capital de terceiros. 

4. Providenciar um modelo de sucessão

© – Shutterstock

A preparação de quem vai assumir o comando da média empresa é fundamental porque a energia do empreendedor/fundador é finita. Com a chegada dos herdeiros, a empresa precisa identificar a vocação de cada um deles: alguém poderá ser o sucessor do fundador, mas é preciso definir o papel dos que não estão vocacionados para a liderança. Se forem apenas sócios, eles devem ser preparados para exercer o papel de acionistas. 

As tomadas de decisões, nesse processo, também podem ser favorecidas com a migração do fundador para o conselho da empresa. A estrutura do conselho, aliás, pode começar como um órgão consultivo e evoluir para um conselho de administração. Com isso, o fundador continua participando da tomada de decisões importantes, assim como os herdeiros, após passarem pelo desenvolvimento necessário para atuar como acionistas. 

5. Vanguarda em temas-chave

A longevidade depende ainda de como a média empresa trata temas-chave, como tecnologia e questões ligadas às políticas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança (ESG). 

O acesso às novas tecnologias – e como a empresa as aplica em seus modelos de negócios – pavimenta o futuro do empreendimento. Em suma, as corporações alinhadas com tecnologia atendem as expectativas do presente e se preparam para o futuro. As tecnologias também podem facilitar o acesso a créditos externos, com juros mais baratos e essa mesma linha de raciocínio se aplica às políticas ESG, que eram uma agenda antes restrita às grandes empresas e agora são necessárias também para as médias.

O tema da longevidade empresarial será discutido durante o 7º Fórum Anual de Governança e Gestão da FDC, nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2022, no Campus Aloysio Faria, em Nova Lima (MG).




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