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Educação e aprendizagem
Uma especialização ou MBA pode aumentar o salário em 47,5% para profissionais graduados, 14% para o cargo de analista e 53,7% para os cargos de coordenador e supervisor. Os dados são de uma pesquisa realizada pela consultoria de empregos Catho, com 2 milhões de profissionais, de mais de 25 mil empresas. A informação é confirmada por outros levantamentos, inclusive o realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2018.
“Quando olhamos o mercado por uma perspectiva de talentos e construção de carreira, percebemos que na maioria das vezes os perfis que mais se destacam são aqueles que buscaram se especializar profissionalmente, ou seja, investir em uma pós-graduação direcionada a gestão, ou a uma posição de especialista”, argumenta Raphael Carriço, gerente sênior de Recrutamento para Tecnologia da Robert Waters. Para ele, essas iniciativas são sempre produtivas.
Carriço destaca que essa tendência também pode ser comprovada pela criação de novos cargos como, por exemplo, especialista em processos, especialista em projetos, especialista em arquitetura, engenheiros de dados, consultores de segurança, entre outros. “Perfis desse tipo estão sendo vistos com melhores olhos pelo mercado”, argumenta. Para Carriço, ter profissionais generalistas é muito importante, mas “quem sabe qual parafuso certo “apertar” traz muito mais valor agregado hoje em dia nas operações”, completa.
Pós-graduação com foco em conhecimento aplicado, desenvolvimento de metodologias e ferramentas de ponta.
ConheçaPós-graduação e o desenvolvimento profissional
Hugo Tadeu, professor da pós-graduação em Gestão e diretor do núcleo de inovação e empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, tem uma avaliação similar. Para ele, a crença de que não é necessária uma formação especializada para progressão de carreira é um mito. “Se a gente olhar para as principais empresas unicórnio do mundo, o número de fundadores que não possuem formação superior é muito baixo”, explica. “A maioria dos executivos das principais startups americanas têm formação superior e até mesmo doutorado. É preciso buscar menos hype e mais profundidade técnica”, diz.
A ampliação da capacidade de reflexão em ambientes, empresas e organizações é um outro ponto a favor dos programas de pós-graduação, segundo a diretora de pós-graduação da FDC, Silene Magalhães. “Um programa de pós, pela sua profundidade e extensão, provoca muito mais do que informações atualizadas: amplia de forma muito consistente essa capacidade em situações cada vez mais voláteis e complexas. É essa capacidade crítica e reflexiva que possibilita o desenvolvimento de carreira, as escolhas e, consequentemente, a ampliação salarial e o desenvolvimento profissional”, pontua.
