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Educação e aprendizagem -
Liderança
Os profissionais da área de aprendizado e desenvolvimento (A&D) devem acionar o sinal amarelo de atenção, segundo pesquisa realizada no Reino Unido recentemente. De acordo com o levantamento da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD, ou Conferência do Cairo, como também é conhecida), embora a resolução das lacunas de competências seja a principal prioridade para quase um terço (29%) dos profissionais de aprendizagem, eles enfrentam desafios generalizados para conseguir esse objetivo.
O levantamento constatou que, apesar dos recursos para aprendizagem e desenvolvimento terem aumentado na maioria das organizações no último ano, 53% dos entrevistados que trabalham em funções de A&D dizem que a carga de trabalho da sua equipe também se intensificou. Na verdade, apenas 59% de todos os profissionais pesquisados concordaram que podem responder com agilidade às necessidades de competências das suas organizações, em comparação com 69% no momento do último inquérito em 2021.
Profissionais pedem mais engajamento corporativo em A&D
Essas são algumas das conclusões do relatório intitulado Learning at work 2023, que inclui uma pesquisa com 1.108 indivíduos com responsabilidade de apoiar a aprendizagem no trabalho. O documento mostra que os profissionais de A&D estão lutando contra a falta de capacidade e de prioridade do negócio. Uma saída estratégica para isso seria ampliar o uso de dados e insights para impulsionar a mudança, criar impacto e destacar a importância estratégica da aprendizagem.
O relatório também destaca a necessidade de maior adesão das empresas à importância da A&D. Embora os gestores de pessoas desempenhem um papel positivo no incentivo à aprendizagem e ao desenvolvimento, geralmente, ainda há espaço para melhorias. Pouco mais de metade (51%) dos profissionais de A&D acreditam que os gestores de pessoas das suas organizações incentivam a participação na aprendizagem e no desenvolvimento, mas apenas 39% acreditam que os funcionários têm tempo livre das suas funções cotidianas para participarem em atividades de aprendizagem e desenvolvimento.
O relatório também mostra que os profissionais que prestam consultoria sobre necessidades de aprendizagem e desempenho e utilizam dados e insights organizacionais, além de adotar a tecnologia, são capazes de transformar estes desafios em mudanças organizacionais positivas. As conclusões mostram que os profissionais de A&D que aplicam uma ampla gama de tecnologias para apoiar a aprendizagem no seu contexto mais amplo têm maior probabilidade de reportar alinhamentos estratégicos com os resultados organizacionais.
Outro dado do levantamento mostra que existe uma falta de percepção sobre o que é necessário e o que está funcionando. A falta de compreensão da estratégia organizacional e de saber quais métodos são eficazes foi comum em todos os setores analisados. Aqueles que trabalham em grandes organizações e aqueles que trabalham em funções especializadas de A&D foram os que mais tiveram dificuldades para mostrar o retorno sobre o investimento (ambos 20%).
Um número significativo não se sente capacitado para projetar e oferecer aprendizado, e apenas 55% têm um processo implementado para usar o feedback para melhorar continuamente as intervenções.
A pesquisa indicou ainda que a maioria dos profissionais de aprendizagem não sente que trabalha em organizações que promovem um clima de segurança psicológica genuína. Ou seja, que onde as equipes são incentivadas a assumir riscos, levantar questões, aprender com os erros e adotar habilidades únicas.
