As médias empresas brasileiras de alto crescimento são diferentes entre si, mas têm alguns pontos em comum: são mais agressivas e têm uma melhor estruturação de suas atividades internas, além de focar em estratégias de alto valor agregado, ou seja, mercados de nicho, personalização, foco em altas margens e inovação. E elas também são mais resilientes às barreiras tradicionais como as altas cargas tributárias, indisponibilidade de crédito e custo de capital, entre outros. 

Esse perfil foi desenhado pela Fundação Dom Cabral (FDC) a partir de uma pesquisa com mais de 1 mil empresas, entre maio e junho de 2022. Desse total, foram selecionadas 779, as quais atendiam os critérios de média empresa: ter entre 50 e 499 funcionários ou um faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões. Os respondentes foram os principais executivos ou sócio-fundadores das empresas. Intitulada Trajetórias de alto crescimento das médias empresas brasileiras, a pesquisa envolveu cinco professores da FDC: Diego Marconatto, Plínio Monteiro, Áurea Ribeiro, Luciana Damázio e Douglas Wegner. 

Maior percentual de lucro reinvestido 

Eles mostraram – a partir das respostas – que as médias empresas de alto crescimento apresentam um perfil mais otimista em relação a seu futuro, mas ao mesmo tempo entendem que sofrem maior nível de competição e que estão em um ambiente de maior transformação tecnológica do que outras firmas.

O levantamento também mostrou que as médias empresas de alto crescimento tiveram dois comportamentos comuns entre 2016 e 2021 (universo de tempo analisado em parte da pesquisa). Primeiro, elas apresentam maior percentual de lucros reinvestidos no crescimento e na melhoria do negócio nos últimos três anos. Além disso, elas igualmente tendem a utilizar a estratégia de “diversificação geográfica” como um ponto comum.

Baixe o report completo produzido a partir da pesquisa neste link.