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Empreendedor defende atividade física como instrumento para o sucesso

Lucas André, fundador e CEO da FastTennis, explica que a felicidade precede o sucesso e que o exercício físico é uma forma eficaz de alcançar a felicidade

atividade fisica Foto: Divulgação
por Redação janeiro 2, 2024
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O empreendedor Lucas André, fundador e CEO da FastTennis, defende um conceito especial no mundo do trabalho. Baseado no livro ‘O jeito Havard de ser feliz’, Lucas chega à conclusão de que “a felicidade precede o sucesso” e o exercício físico é uma forma eficaz de alcançar a felicidade.  “A pessoa mais feliz tem mais sucesso. Então, as organizações que prezam por um time mais feliz certamente vão ter mais sucesso”, defende.

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Foto: Renata Romão / Fast Tennis

Ele argumenta que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se as pessoas fossem mais ativas fisicamente. Hoje, por exemplo, quatro em cada cinco adolescentes não fazem atividade física suficiente. Com a sua empresa, que foi lapidada durante o mestrado que o empreendedor fez na Fundação Dom Cabral, Lucas pretende dar a sua colaboração para a mudança dessa realidade. “Bem, o nosso objetivo aqui é posicionar a Fast Tennis como uma rede de franquias que está trabalhando para tornar o mundo um lugar melhor”, resume Lucas nesta entrevista ao Seja Relevante.

Quando falamos em bem-estar no trabalho, saúde emocional e saúde física estão muito conectadas. Como você vê essa ligação?

De acordo com a OMS, mais de 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se as pessoas fossem mais fisicamente ativas. Hoje, quatro em cada cinco adolescentes não fazem atividade física suficiente.

Então, nós já temos  uma realidade complicada no mundo e uma tendência de que ela se complique ainda mais. Quanto à atividade física, já existem vários estudos que comprovam que sua prática regular leva à redução de ansiedade, à redução de quadros de depressão, ao aumento na qualidade de vida. A pessoa que se exercita o suficiente dorme melhor, se alimenta melhor e influencia outras pessoas a também praticarem a atividade física.

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Foto: Renata Romão / Fast Tennis

E, no mundo em que a gente está vivendo há um foco muito grande no digital: todo mundo olhando o celular o tempo inteiro, notebook, rede social… Uma  atividade física offline, eu tenho certeza absoluta, fará a diferença na vida das pessoas e pode ajudar o mundo a ser um lugar melhor.

No Brasil 20% dos colaboradores sentem que, por conta do trabalho, não têm tempo de cuidar do bem-estar. Como as empresas podem atuar para mitigar esse cenário?

© – Shutterstock

Acho que o primeiro passo é a empresa entender que o colaborador, quando está praticando atividade física ou qualquer atividade de cunho mental ou espiritual, também está trabalhando. Não existe a pessoa na empresa e fora da empresa. A pessoa é uma só.

Então, uma dica para as empresas é tentar trabalhar o indivíduo como um todo, não só na força de trabalho. A qualidade de vida não é de fora para dentro, é de dentro para fora. O colaborador só pode fazer o seu melhor na empresa se estiver bem consigo mesmo. As pessoas só dão o que transborda nelas. Então, vamos transbordar qualidade de vida!

Tem um livro que chama ‘O jeito Havard de ser feliz’ que é um experimento em que, de forma empírica, o autor Shawn Achor chega à conclusão de que a felicidade precede o sucesso. Então, as pessoas não devem esperar o “pote de ouro”para ser feliz, mas ser feliz durante a jornada. A pessoa mais feliz tem mais sucesso. Então, as organizações que prezam por um time mais feliz tendem a  ter mais sucesso.

Como as organizações podem pavimentar esse caminho de fomentar o bem-estar dos colaboradores? O que falta para essa pauta ser sistêmica?

A primeira coisa é trabalhar a liderança. Um funcionário, muitas vezes, trabalha mais para o líder do que para a instituição. Muitas vezes, o C-Level preza alguma coisa, mas o líder, que está ali no corpo a corpo, não acredita naquele  projeto. E muitas vezes o funcionário não é bem-visto por investir em seu bem estar.

Então, mais uma vez, eu reforço que as organizações precisam ver o indivíduo no seu todo, na sua saúde mental, na sua saúde espiritual, na sua saúde física e na parte cultural.

No Brasil, as empresas já estão atentas à saúde e ao bem-estar? As médias empresas também têm essa preocupação?

Hoje, vemos uma procura muito mais individual do que a corporativa. Uma das razões do sucesso da Fast Tennis é que a gente entrega para os nossos clientes saúde e diversão. Ou seja: a pessoa trabalha o dia todo, é pai ou mãe de família, e encontra na Fast Tennis um momento para poder se divertir e cuidar da saúde ao mesmo tempo.

Fotos: Renata Romão / Fast Tennis

Mas a gente vê essa iniciativa principalmente nas maiores empresas em que estão alinhadas ou buscando um alinhamento com a agenda ESG. Mas, na maioria das empresas, que são as pequenas e médias empresas no Brasil, isso não existe. O funcionário, muitas vezes, é mal-visto por gastar tempo praticando atividade física ao invés de estar trabalhando 15 ou 16 horas por dia.

Falando sobre sua experiência no mestrado, especificamente dos pilares acadêmico e prático. Como foi essa experiência?

O MPA (Mestrado Profissional em Administração) fomentou algo dentro de mim que mudou minha vida completamente. Eu era executivo e tinha Fast Tennis junto com a minha carreira executiva. O MPA me gerou tantas reflexões, tantos incômodos do ponto de vista positivo, que eu deixei a carreira executiva e fui com tudo nas minhas empresas, criei uma outra empresa e criei uma iniciativa social junto com Reed Nelson, que foi meu orientador.

Todo o conjunto acadêmico, misturado com a minha experiência executiva e empreendedora, estão se tornando coisas que eu jamais imaginei que poderiam se tornar.

É muito importante que as pessoas entendam a riqueza que tem o mundo acadêmico junto com o mercado. Muitas vezes o mercado executa, executa, executa… e não consegue parar para refletir. E esse tempo de parar e pensar a gente busca (e encontra) no mundo acadêmico.

Então, o capital cultural que o mundo acadêmico te dá é importantíssimo para carreira, tanto executiva quanto empreendedora. Resumindo em uma frase: o MPA da FDC foi o propulsor da mudança da minha vida.




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