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Como ampliar a contratação e retenção de talentos?

Pesquisa mostra que 80% dos empregadores brasileiros têm dificuldade em encontrar os profissionais que precisam

talentos © - Shutterstock
por Redação dezembro 22, 2023
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As empresas brasileiras estão enfrentando uma crise na obtenção de talentos para desempenhar suas funções. A pesquisa Escassez de Talentos 2023, da Manpower Group, mostra que 80% dos empregadores brasileiros reportam dificuldade em encontrar os profissionais que precisam em 2023. Nos últimos dez anos, a linha do tempo de dificuldade de busca de talentos se manteve em patamares elevados. Em 2013 eram 68%; em 2021, 71%; e em 2022, 81%. De 2022 para 2023, a taxa diminuiu um ponto percentual, de 81% para 80%, mas ainda assim continua acima da taxa internacional, de 77%.

A pesquisa mostra que este é o momento ideal para investir em crescimento e aprendizado, devido às lacunas abertas pelo mercado. Ao serem perguntados sobre como lidam com a escassez de talentos, no Brasil, 82% estão investindo no desenvolvimento dos colaboradores; 49% estão investindo na contratação de novos colaboradores; 48% estão aportando em mais tecnologia; e 34% contratando mão de obra temporária.

Investimento no desenvolvimento de talentos

As mesmas perguntas foram feitas para empresas de outras partes do mundo. A Pesquisa de Escassez de Talentos 2023 foi elaborada a partir de entrevistas com mais de 39 mil empregadores em 41 países e territórios. No Brasil, foram 1.020 entrevistas.

Ao serem perguntados sobre em que estão investindo para superar a queda de talentos, os entrevistados de diversos países chegaram à taxa de 71% investindo no desenvolvimento de colaboradores; 51% na contratação de novos colaboradores; 43% em mais tecnologia; e 37% contratando mão de obra temporária. Ou seja, o Brasil se destaca como investidor do desenvolvimento de seus colaboradores.

O país está incluído na lista de 15 países com taxas de escassez de talentos mais altas. Em primeiro lugar está Taiwan (90%); em segundo, Alemanha (86%); em terceiro, Hong Kong (85%); e em quarto, Portugal (84%).

A pesquisa revela também quais são os cinco segmentos no Brasil e no mundo onde há maior busca de talentos. No Brasil, quem lidera a lista é a área de TI e dados (38%), seguida por front office (29%), vendas e marketing (21%), administração e suporte de escritório (19%), e operações e logística (18%). No mundo, a área de TI e Dados (27%) também lidera, seguida por engenharia (22%), vendas e marketing (20%), operações e logística (19%) e front office (17%).

Flexibilidade pode atrair talentos

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© – Shutterstock

A pesquisa também mostra que quase três em cada cinco organizações (57%) planejam oferecer maior flexibilidade aos talentos. Ao todo, as empresas no Brasil se dispõem a oferecer mais flexibilidade de tempo e local de trabalho. Além disso, 40% querem olhar para grupos de talentos, como profissionais mais maduros, enquanto 38% quer permitir que os colaboradores escolham o formato de trabalho e 36% querem admitir mais flexibilidade de horário.

O papel do aprendizado contínuo

Para Fabiana Marques, analista de negócios da FDC Store (plataforma de cursos e soluções de educação digital da Fundação Dom Cabral), o atual cenário mostra que o conceito de aprendizado contínuo nunca foi tão relevante. “É de suma importância que organizações e profissionais, de maneira independente, busquem soluções de formação e capacitação que se ajustem às suas rotinas, promovendo o desenvolvimento essencial de habilidades diante desse cenário em constante transformação”, defendeu Fabiana.

Paula Warick, gerente Operacional do FDC Signature (streaming de educação executiva da Fundação Dom Cabral), também acredita na força da educação para o desenvolvimento profissional. “Um cenário de escassez global de talentos provoca uma competição intensa por indivíduos qualificados, na qual descobrir talentos se assemelha a explorar territórios desconhecidos, fazendo com que organizações e profissionais perspicazes compreendam que o caminho para o sucesso depende do desenvolvimento contínuo dos seus colaboradores”, afirmou a gerente.

Assim, segundo ela, a adoção de soluções de formação e capacitação adaptadas às suas rotinas, que promovam o crescimento necessário para enfrentar os desafios do presente, torna-se crucial. “O mundo passa por transformações exponenciais e disruptivas e a educação acompanha esse ritmo evolutivo. Hoje, temos à disposição opções flexíveis, acessíveis e inovadoras que permitem aos executivos se desenvolverem e se atualizarem de forma contínua,” concluiu Paula.




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