Para o CIO da Paschoalotto, Wilian Domingues, todos os líderes serão testados quanto à sua capacidade de promover a cultura de inovação. Mais ainda, eles deverão integrar isso tudo à Inteligência Artificial, e esse movimento deve promover uma corrida aos estudos, de modo que eles aprendam a desenvolver prompts e a conhecer, ao menos, o básico sobre IA. 

“Entendo que esse conhecimento será mandatório em pouco tempo”, o executivo escreveu, em artigo sobre o tema. Por esse motivo, ele listou sete indicações de funções com IA que os líderes deverão aprimorar no futuro próximo. 

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O material foi publicado em veículos de comunicação, como a revista HSM, e considera que a integração da inteligência artificial na cultura organizacional das companhias oferece um caminho “empolgante, mas desafiador” para os líderes do futuro. Veja os pontos a seguir.

1. Integrar a IA em tudo

Mais do que inovadores, os líderes terão de ser visionários e, para isso, será necessário desenvolver compreensão profunda de como a IA pode ser integrada nas operações diárias e na estratégia de longo prazo. Isto, segundo Domingues, transformará processos, produtos e serviços. “Aqui, teremos mais perguntas do que respostas, para a maioria dos líderes”, disse o executivo.

2. Customizar sistemas legados

Segundo ele, esse tipo de aprovação será mais desafiadora para os líderes de tecnologia, pois os resultados serão obtidos ao longo do tempo. Para Domingues, contudo, customizar (com o uso de IA) os sistemas legados, ou seja, aqueles que, mesmo obsoletos, ainda permanecem em operação, será um papel cada vez mais importante para os líderes de tecnologia.

3. Adaptar-se aos novos dashboards

“Os líderes precisarão se adaptar aos novos dashboards das ferramentas de business intelligence (BI). Veremos ferramentas como páginas em branco, sem nenhum dash, exigindo do líder que construa o melhor prompt possível para extrair os dados”, disse.

4. Engajar os times com IA

Os líderes vão precisar garantir que os colaboradores não apenas entendam as ferramentas de IA, mas que também saibam usá-las de forma criativa, para impulsionar a inovação nas companhias. Portanto, estimular a inovação e o conhecimento serão novas ferramentas nos planos de desenvolvimento individual (PDIs) dos times de tecnologia. Segundo Domingues, os líderes também precisarão manter no radar a avaliação sobre o quão engajados os seus times estão com o tema.

5. Cuidar da tríade essencial

Governança, segurança da informação e ética é uma tríade essencial à qual os líderes precisarão, cada vez mais, estar atentos. Isso vai ser necessário porque o potencial das ferramentas de IA vai muito além dos limites propostos e colocados pelo login e pelo perfil do usuário na rede. “O uso de IA pode potencializar reuniões e promover insights, mas também pode trazer contextos negativos”, disse Domingues. Ele exemplifica que os impactos éticos e sociais da inteligência artificial ainda não são totalmente conhecidos e cabe à liderança zelar por isso.

6. Explicitar o uso de IA

Será preciso deixar claro quando houver o uso de IA no desenvolvimento de materiais, segundo o executivo da Paschoalotto. Mais do que isso, será preciso explicar o funcionamento dos algoritmos contratados. Ele atribui essa prática à cultura de inovação, que classifica como importante para a credibilidade das corporações.

7. Fazer uso pessoal da IA

Como o exemplo vem de cima, Domingues defende que os líderes precisam não apenas advogar pela inovação, mas também adaptar-se ativamente às novas tecnologias. “Isso significa estar à frente no uso de sistemas baseados em IA, demonstrando sua aplicabilidade e incentivando outros a explorar o seu potencial”, concluiu.