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Startup de ex-aluno da FDC, Jobzi vai receber aporte de fundo da Unicef

A Jobzi é uma das nove startups – de um grupo inicial de 450 – escolhidas para receber investimentos do Unicef Venture Fund

startup © - Shutterstock
por Redação 17 de junho, 2022
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A Jobzi é uma das nove startups – de um grupo inicial de 450 – escolhidas para receber investimentos do Unicef Venture Fund. Os aportes fazem parte de um programa da entidade da ONU para incentivar soluções de sistemas de educação e saúde com inteligência artificial (AI).

De acordo Armando Suzuki Horie, diretor da startup, a Jobzi foi criada com o objetivo principal de contribuir com a empregabilidade do Brasil, principalmente por meio de dados. “Acreditamos muito que a educação é a maior de ferramenta de transformação e inclusão, e vemos uma principal tendência que é a educação para empregabilidade”. Horie destaca que a ideia inicial foi responder qual curso poderia aumentar a empregabilidade em curto prazo.

“Pensando nisso, criamos uma tecnologia única e 100% brasileira de inteligência artificial com algoritmos de linguagem de processamento natural em português do Brasil. Essa IA foi criada e treinada com base em 20 milhões de currículos e 20 milhões vagas e nos permite diversas soluções para entender o conteúdo semântico de documentos”, resume o executivo.

Segundo Horie, a tecnologia permite ler o conteúdo semântico de um currículo e de uma vaga, e comparar o quanto são próximos para um matching. As tecnologias atuais são baseadas principalmente em palavras chaves, enquanto a da Jobzi em NLP (linguagem de processamento natural em inglês). “Da mesma forma que podemos dizer que um candidato tenha 70% de aderência à uma vaga (hardskills e softskills) ao comparar currículo e vaga, conseguimos também saber os 30% de gap das competências faltantes e nossa IA é capaz de ler o conteúdo de diversos cursos para indicar a melhor opção para o candidato de acordo com o objetivo que deseja”, detalha.

Além da Inteligência Artificial com NLP única, a Jobzi consegue também criar, ao longo do tempo, uma base de dados normalizada sobre o mercado de trabalho brasileiro com informações geolocalizadas, entendendo as necessidades das regiões brasileiras sobre demanda de capital humano e suas competências atreladas.

Movido por tecnologia

Horie, ex-aluno da FDC, avalia que o MBA executivo realizado na instituição contribuiu e está contribuindo para preparar a Jobzi para atuar em um mercado cada vez mais dinâmico, provendo um grande ecossistema de networking para clientes, parceiros e até mesmo para investidores.  

O executivo se define como “movido por tecnologia”, com uma trajetória profissional que começou na IBM, onde trabalhou em diversas áreas e o ajudou a aprender metodologias e entender melhor o funcionamento de uma grande empresa de tecnologia. A carreira inclui ainda passagem pela Serasa Experian e Dotz. A experiência em tecnologia, analytics e startup o levou à Samsung, onde ajudou a construir uma nova área de soluções de tecnologia que utilizaria soluções cloud, de dados, AI, blockchain e realidade virtual para a América Latina. O passo seguinte foi a Inloco, com uma plataforma de CRM e analytics baseada em geolocalização.

“Acredito que minhas experiências em grandes empresas e startups contribui para eu aprender metodologias, modelos organizacionais e governança das grandes empresas, bem como conhecer o mundo de growth, pivotagem, captação de investimentos das startups”, resume. “Acho importante unir esses dois mundos, porque grandes empresas precisarão passar por transformações digitais importantes e as startups irão passar por desafios de crescimento e estruturação. Ter essas experiências tem me ajudado muito nos meus desafios profissionais”, complementa.   

Jobzi e startups escolhidas receberão orientação por 12 meses

unicef
© – Shutterstock

De acordo com o Unicef Venture Fund, as nove empresas escolhidas estão desenvolvendo plataformas de tecnologia de código aberto, inteligência artificial (AI) e aprendizado de máquina para acelerar os resultados de educação, gerar dados para prever necessidades de saúde e assistência médica e fornecer acesso a ferramentas online com custos mais baixos e baixa conectividade definições.

Os investimentos aplicados pelo fundo vão acontecer sem ações em dólares e/ou criptomoedas, mas com a orientação de especialistas e parceiros técnicos e de programas do Unicef. O processo de orientação acontecerá durante 12 meses. Além da Jobzi, outra startup brasileira – o portal Telemedicina – faz parte da lista.

As outras sete startups incluem a Cirrolytix (Filipinas), que desenvolve uma plataforma para previsão de dengue usando dados climáticos e de saúde para gerenciamento de epidemias; a Eyebou (Emirados Árabes Unidos), focada em ferramenta de IA para exames oftalmológicos virtuais para detectar distúrbios de visão em crianças; a Neural Labs (Quênia), que desenvolve um algoritmo de visão computacional e reconhecimento de imagem para detectar doenças por meio de radiografias de tórax; e a Bookbot Technology (Indonésia), responsável por um aplicativo gamificado que aproveita a tecnologia de reconhecimento de fala em tempo real. As escolhidas incluem ainda a nigeriana AfriLearn, a Om3ga, da Sérvia, e a indiana Formative Resilience.

Cinco, das nove startups da nova rodada de investimentos são fundadas/co-fundadas por mulheres, elevando a composição geral da carteira liderada e/ou fundada por mulheres do fundo da Unicef para 43%. A nova escolha também expande o alcance geográfico do fundo para a Indonésia e para os Emirados Árabes Unidos.

Segundo a instituição, as mais de 450 startups que participaram da disputa pelos investimentos são oriundas de cerca de 75 países.

Lançado em 2016, o fundo foi projetado especificamente para financiar tecnologia de código aberto em estágio inicial que pode beneficiar crianças.




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