A escola de formação digital Trybe fez um levantamento próprio, com 39 empresas, para entender os critérios de contratação de desenvolvedoras juniores. As respostas dos recrutadores e lideranças técnicas mostraram que 54% apontavam a combinação de habilidades técnicas e soft skills, enquanto 46% indicavam apenas as soft skills. Ou seja: todos os profissionais responsáveis pelas escolhas consideraram as soft skills como critério de decisão para a contratação. 

A tendência de valorizar as habilidades emocionais, como são conhecidas as soft skills, também aparece no radar da companhia de recrutamento inglesa Robert Half, cuja pesquisa recente indica que 34% dos chief information officers (CIO) consideram que “a maioria das pessoas candidatas a cargos de tecnologia não apresentam as soft skills necessárias para o trabalho”.

Intitulado “Demanda por talentos no cenário atual”, o relatório da consultoria mostra que, em resposta à evolução da pandemia e aceleração dos processos de transformação digital, as empresas passaram a demandar que os candidatos demonstrem um conjunto de habilidades mais abrangente e diverso. Na lista estão as capacidades de negociação e de comunicação, sendo que o gerenciamento de relações com stakeholders e competências interpessoais são as mais difíceis de encontrar nos candidatos das áreas de tecnologia.

Outro dado importante: quase 70% dos profissionais acreditam que a transformação digital vai exigir mais qualificação dos candidatos na busca por um emprego. A habilidade para usar dispositivos e softwares específicos, a capacidade de processar e analisar dados, bem como o conhecimento de ferramentas de colaboração e comunicação também estão em alta demanda por conta dos avanços das práticas de trabalho remoto/híbrido.