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O que é justiça social e a sua importância para os negócios

Consumidores já preferem produtos de marcas que incorporam soluções de justiça e/ou impacto social positivo nos seus modelos de negócio

justica social © - Shutterstock
por Redação fevereiro 17, 2023
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    Impacto positivo e legados sustentáveis

Justiça social é o que uma organização pode fazer para transformar o mundo ao seu redor de forma positiva — e mensurável. O conceito baseia-se na premissa de que uma empresa não existe apenas pelo lucro. Todo negócio tem em si a capacidade e o dever de mudar a realidade social ao seu redor e isso ocorre de diversas maneiras e em diferentes dimensões, conta publicação da Rock Content.

Pode-se dizer que a justiça ou impacto social é a alteração no contexto em que o negócio está inserido. Por exemplo, quando alguém abre um pequeno supermercado em um bairro, acaba gerando oportunidade de empregos, facilita a vida dos moradores e proporciona mais qualidade de vida à comunidade. Isso é justiça social, ainda que o desejo mais expressivo do empreendedor seja obter bons rendimentos. Portanto, todo negócio causa algum impacto social, e os empreendedores precisam entender essa responsabilidade.

Justiça social e os benefícios a classes C, D e E

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas dá uma classificação bastante específica ao que é justiça social. Segundo o Sebrae, os negócios de impacto social buscam beneficiar diretamente pessoas de renda mais baixa, nas chamadas classes C, D e E. 

“Causar um impacto positivo em uma comunidade, ampliar as perspectivas de pessoas marginalizadas pela sociedade, além de gerar renda compartilhada e autonomia financeira para os indivíduos de classe baixa: estes são alguns dos objetivos dos negócios de impacto social”, define a instituição.

Um dos diferenciais desse tipo de organização é que elas são desenvolvidas considerando a viabilidade econômica da intervenção, com base em estratégias e modelos de negócios: ou seja, são soluções de negócios para problemas socioambientais.

Consumidores estão mais conscientes

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© – Shutterstock

Gerar justiça social também pode ser essencial para a sobrevivência de uma empresa ou organização. Matéria do Blog eSolidar, plataforma equipada com ferramentas para apoiar a geração de impacto social por empresas ou ongs, diz que atualmente, “os consumidores são mais conscientes das suas ações e preferem consumir produtos de marcas que incorporam soluções de impacto social positivo nos seus modelos de negócio”. 

Um estudo recente da Zeno concluiu que 83% dos consumidores acham que as empresas só devem ter lucros se também produzirem impacto positivo. Em outro estudo, da Cone, 90% dos Millennials (pessoas nascidas entre 1981 a 1995) trocariam um produto que habitualmente compram por outro de qualidade e preço semelhantes, se este segundo fosse de uma marca socialmente responsável. Já 51% dos consumidores globais pagariam mais por produtos e serviços de empresas comprometidas em gerar justiça social e ambiental positivo.

A justiça social gerada pela Natura

Um dos exemplos mais emblemáticos citados pela eSolidar é o da gigante brasileira de cosméticos Natura. A empresa adotou uma estratégia na busca pela sustentabilidade e definiu uma gestão integrada dos aspectos financeiro, social e ambiental na cultura organizacional.

A Natura contribui para o desenvolvimento humano e social da sua rede de relações e fomenta ações de educação e empreendedorismo, através de plataformas colaborativas. Pode-se ver essa preocupação na linha de produtos com a utilização de extratos de plantas da Amazônia. A matéria-prima é recolhida por trabalhadores das comunidades locais, promovendo a sustentabilidade social, econômica e ambiental da região.

4 vantagens da justiça social para os negócios

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Segundo o estudo da Rock Content, além de gerar bem para a sociedade, as atitudes de impacto social também fazem bem para os negócios. Para comprovar a máxima, a publicação listou 4 vantagens que as ações de impacto social trazem para os negócios:

  1. Credibilidade

Uma das maiores vantagens de se apostar no poder da justiça social é a credibilidade que isso traz ao empreendimento. Quando se trabalha em prol da sociedade, consegue-se destacar a marca e associá-la a algo positivo. Isso acontece com negócios que buscam, por exemplo, desenvolver e facilitar o acesso à saúde, como as clínicas populares. O público enxerga os esforços da empresa para facilitar esse direito básico e retribui tornando-se cliente.

  1. Reduzir desigualdades

Abrir uma escola de línguas em um bairro mais afastado, criar um aplicativo para smartphone que auxilie no controle de despesas ou abrir uma academia com preços mais acessíveis, são exemplos de empreendedorismo consciente. A ideia é unir o útil ao agradável, trazendo lucratividade para o negócio e ajudando a reduzir as desigualdades sociais. 

  1. Em prol da comunidade

Um negócio que tem o propósito de gerar um impacto positivo na sociedade acaba fomentando o desenvolvimento do mercado ao seu redor. Quando a empresa permite um maior acesso a grupos de baixa renda, ela melhora as condições de vida dessas pessoas e, com isso, as demandas dessa população tendem a aumentar, movimentando todo o mercado ao seu redor. É um ciclo positivo: quanto mais acesso e bem-estar social um negócio consegue gerar, mais qualidade de vida e inserção desse grupo no mercado consumidor alcança.

  1. Novos talentos

Investir nessa estratégia permite que a empresa encontre talentos que estavam “escondidos”. Existem excelentes profissionais em áreas menos favorecidas, com ideias inovadoras esperando para serem aproveitadas. Dando oportunidades de emprego a essas pessoas, a empresa também cresce e consegue implementar novas ideias. 




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