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Descarbonização cria oportunidades de negócios

Estudo de Thayla Zomer mostra como as ações em prol da descarbonização podem render bons e novos negócios

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por Redação janeiro 5, 2024
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    Impacto positivo e legados sustentáveis

Os riscos da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) para a humanidade são conhecidos por todo o planeta. Mas o que poucos sabem é que as medidas voltadas para a descarbonização são uma ótima oportunidade de negócios para empresas e países. Esse é um dos principais aspectos abordados pela doutora Thayla Zomer, professora da Fundação Dom Cabral, em relatório elaborado sob licença do Carbon Disclosure Project (CDP), uma organização internacional que promove as ações das empresas em relação às emissões de GEE às mudanças climáticas.

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Thayla Zomer (Foto: FDC)

“A adoção de práticas sustentáveis pode levar a economias de custos, melhorias na reputação da empresa, atração de investimentos sustentáveis e vantagem competitiva em novos mercados, em um mundo cada vez mais preocupado com a mudança climática”, defendeu Thayla.

Vantagens regulatórias da descarbonização

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Foto: Freepik

A professora citou outros aspectos, entre eles, a constatação de que as empresas que demonstram compromisso com a transição climática são mais atraentes para investimentos sustentáveis e, por isso, podem acessar um pool maior de capital. “Do ponto de vista regulatório, à medida que os governos implementam regulamentações mais rigorosas relacionadas às emissões de carbono, o alinhamento com essas metas evita penalidades e custos adicionais”, disse.

Outro aspecto destacado por ela foi que setores como energia renovável, eficiência energética, mobilidade sustentável e agricultura de baixo carbono têm o potencial de criar mais empregos.

Aspectos competitivos do Brasil

O Brasil tem vantagens competitivas e comparativas no cenário da descarbonização, segundo a professora. “O Brasil é abençoado com uma grande riqueza em recursos naturais, incluindo uma extensão de terras agricultáveis, abundância de luz solar e vento, florestas tropicais e rios propícios para geração de energia hidrelétrica”, explicou.

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Os recursos naturais, segundo ela, oferecem oportunidades para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, como a solar, a eólica e a hidrelétrica, que são essenciais para a descarbonização de grande parte das atividades econômicas. “Além disso, o país já é um líder global na produção de biocombustíveis, como o etanol de cana-de-açúcar”, completou.

Lacunas da descarbonização

Apesar do maior envolvimento das empresas e dos países com o gerenciamento das emissões de GEE – conforme retratado ao CDP – há lacunas a serem vencidas, de acordo com Thayla. Em seu artigo, ela pontuou que cerca de 30% das organizações mundiais que reportaram ao CDP em 2022, apenas, têm um plano de transição climática que se alinha às metas para conter o aumento da temperatura global em até 1,5 °C em comparação aos níveis pré-era industrial.

Segundo o site da CNN Brasil, “o mundo atingiu o limite pré-colapso” com aquecimento global de 1,5°C em julho deste ano. A temperatura média global em julho foi cerca de 1,5°C mais quente do que a era pré-industrial que terminou em meados do século XIX, conforme informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia. O limite de 1,5°C é o objetivo do Acordo de Paris, firmado em 2015.




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