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Desaceleração chinesa acende luz vermelha no Brasil

Retração do mercado imobiliário na China pode afetar exportações brasileiras

desaceleração chinesa © - Shutterstock
por Redação dezembro 12, 2023
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A economia chinesa estaria enfrentando uma desaceleração, segundo várias análises internacionais, e as raízes do problema remontam à crise financeira global de 2008-09, amplificadas pelo susto da saída de capitais em 2015. A contraofensiva chinesa teria acontecido com o forte impulso de investimentos em infraestrutura e no encorajamento da especulação no mercado imobiliário, entre outras medidas.

A inversão em infraestrutura, no entanto, teria criado uma dívida acima do normal e a bolha imobiliária estourou, trazendo riscos para a estabilidade financeira. Ao mesmo tempo em que os investimentos em infraestrutura e no mercado imobiliário teriam atingido o pico, as exportações estariam em fase de abrandamento. Em resumo: a frente que restou seria estimular o consumo das famílias.

Nesse contexto, o Brasil deveria acender a luz vermelha com seu principal parceiro econômico desde 2009. Para especialistas ouvidos pela revista Istoé, a retração da economia chinesa tem o poder de impactar as exportações brasileiras de commodities agrícolas e minerais, com destaque, nesse último caso, para o minério de ferro. Isso ainda não teria acontecido, segundo a publicação.

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Brasil deve explorar outros mercados

A revista lembra que as exportações brasileiras ao país oriental somaram US$ 91,26 bilhões em 2022, ou seja, 27% do total negociado com o exterior. Embora não sejam alarmista, a reportagem lembra que os especialistas ouvidos apontam que o Brasil deve explorar outras frentes de negócios, com atenção especial ao acordo entre Mercosul e a União Europeia.

De acordo com o professor Carlos Braga, da Fundação Dom Cabral (FDC), a atenção com a China deve ser em relação ao seu mercado imobiliário, uma vez que várias das grandes empresas imobiliárias do país oriental estão falidas ou muito próximas da falência. Segundo ele, o acordo de livre comércio com a União Europeia, embora não seja “nenhuma maravilha”, deve aumentar o acesso a mercados para o agronegócio.




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