close

Coopetition: competição e cooperação como diferenciais de mercado

De acordo com Antonio Batista, presidente executivo da FDC, organizações que unem competição e cooperação tendem a se destacar e serem mais longevas

coopetition Antonio Batista (Foto: Homero Xavier / FDC)
por Redação setembro 25, 2023
  • Desenvolvimento de médias empresas Mais informações
    Desenvolvimento de médias empresas
  • Estratégia e governança Mais informações
    Estratégia e governança

Em um contexto onde a competição é um fator preponderante entre empresas, faz-se necessário e urgente fortalecer cada vez mais as conexões dentro de ecossistemas de negócios para se destacar e prosperar. Essa foi uma reflexão latente do primeiro dia de debates na 8ª edição do Fórum das Médias Empresas da Fundação Dom Cabral (FDC), que acontece entre os dias 24 e 26 de setembro, no Campus Aloysio Faria, em Nova Lima. O evento trouxe como tema O poder das conexões: o fator rede na geração de negócios.

“O século XXI é o século da cooperação, assim como o século XX foi o da competição”, disse o presidente executivo da FDC, Antonio Batista. “Temos que sempre ter em mente que, na vida, o um mais um é sempre mais que dois. É necessário aprender com o exemplo do outro, os erros e as melhores práticas – crescer junto e em comunidade”, reforçou. Segundo Batista, as empresas que souberem fazer valer da coopetition (competition + cooperation), ou seja competição e cooperação juntos, vão sair com uma vantagem perante às demais.

A importância da cultura corporativa

Os encontros, portanto, são fundamentais para que as empresas consigam prosperar e atuar em prol da sociedade. Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, que comandou a palestra magna do evento, deixou claro que empresas que buscam longevidade precisam ouvir os seus stakeholders e fazer as adaptações necessárias na cultura e no negócio, sendo coerente com o momento e com o contexto em que atuam.

Coopetition
Gustavo Werneck (Foto: Homero Xavier / FDC)

“Empresas mais longevas vão perdendo a capacidade de ouvir e, quando a gente perde essa capacidade, a chance de fracasso é muito grande”, defende. Uma das estratégias exemplificadas por ele é a de “não perder tempo” com planejamentos estratégicos longos, que acabam não sendo executados na íntegra. “A gente não faz mais planejamento estratégico ou orçamentação anual. Olhamos para o trimestre, com alguns direcionadores. E a grande dedicação de tempo é com a cultura [corporativa]”, pondera.

Fundamentais para a construção e validação da cultura corporativa, as conexões vão, segundo Werneck, em encontro com uma escuta incansável, e os líderes desempenham um papel fundamental nesse ponto.

“No mundo em que a gente vive, onde é muito fácil levantar capital, tudo ficou copiável. A única coisa não copiável é a cultura e liderança”, ponderou o CEO. “Quando a gente aprende a ouvir, cria um ambiente criativo e de segurança para as pessoas, para que elas possam falar o que pensam e serem quem são. Quanto mais a gente faz isso, mais a mágica vai acontecendo e a gente gera um ciclo virtuoso”, disse.

Werneck defendeu ainda a importância de que líderes deleguem funções e atuem de forma intencional a criar espaços na agenda para essa prática. “Tempo é a variável mais importante que cada um de nós deveria ter na vida. Por isso, promovi pessoas melhores em determinadas funções, para que eu tenha tempo de cuidar da cultura e fazer conexões”, salientou.

A diversidade, nesse contexto, é necessária e enriquecedora, como reforçou Leonardo Scarpelli, diretor de Desenvolvimento de Empresas de Médio Porte da FDC. “Uma rede poderosa é uma rede diversa”, defendeu.

A 8ª edição do Fórum Anual das Médias Empresas acontece entre os dias 24 e 26 de setembro na FDC, no Campus Aloysio Faria, em Nova Lima. Evento anual impacta mais de duas mil empresas e oferece quase 100 horas de conteúdo para alavancar as médias empresas brasileiras. Acompanhe a cobertura também pelas redes sociais da Fundação Dom Cabral.




Os assuntos mais relevantes diretamente no seu e-mail

Inscreva-se na nossa newsletter