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As redes sociais se tornaram ferramentas poderosas para as empresas, para atrair clientes, se relacionar com o público e vender mais. Diante deste cenário, o Opinion Box, empresa especializada em pesquisas de mercado, avaliou o comportamento dos consumidores diante das redes sociais.
O Guia de Marketing nas Redes Sociais da Opinion Box entrevistou 2.190 pessoas, que usaram redes sociais entre julho e agosto de 2023. O Seja Relevante selecionou oito tópicos úteis do estudo, para que as empresas entendam melhor o seu público. Acompanhe.
1. Relacionamento com empresas nas redes sociais
O primeiro passo para as empresas não é simplesmente se colocar na rede escolhida, mas sim saber se vale a pena estar lá. A boa notícia é que as pessoas querem sim interagir com marcas nas redes sociais, motivo pelo qual essa escolha pode render bons frutos.
No total, 70% disseram ter o hábito de seguir empresas em redes sociais. Também chama atenção que mulheres e pessoas mais jovens seguem marcas com mais frequência. As respostas indicaram que 73% das mulheres responderam seguir marcas e empresas em redes sociais, contra 66% dos homens. Entre os mais jovens, 16 a 29 anos, 75% confirmaram o hábito, enquanto nas pessoas de 30 a 49 anos, a porcentagem foi de 73%. Entre os respondentes com 50 anos ou mais, o índice foi de 59%.
2. Instagram é a rede preferida
Saber que vale a pena investir em redes sociais é o primeiro passo, mas também é fundamental escolher a rede certa. A Opinion Box descobriu que a rede preferida para seguir empresas é o Instagram (para 92%), seguido do Facebook (52%). Essa popularidade é um bom indício para entender onde as pessoas estão dispostas a seguir empresas, mas não vale escolher a rede apenas por essa métrica. A empresa precisa saber se o seu público, de fato, usa a rede social em questão.
Um outro dado interessante levantado pela pesquisa é que 70% dos entrevistados responderam que escolheriam o Instagram se tivessem de escolher uma única rede social para seguir empresas.
3. Invista em conteúdo
O motivo que mais leva as pessoas entrevistadas a seguir uma marca é ela produzir conteúdo sobre novidades e produtos. Mais de 40% buscam conteúdos diversos e que vão além de apenas divulgação de produtos à venda. Por isso, para atrair pessoas, pode-se planejar um conteúdo educativo e informativo, que não tenha apenas cara de discurso de vendas. Veja a pesquisa:
“O que te leva a seguir uma empresa nas redes sociais?”
- Ter conteúdos sobre novidades da empresa e dos produtos – 56%
- Ter conteúdos diversos, além de apenas divulgar produtos – 42%
- Ter sorteios e promoções nas redes da empresa – 39%
- Ser cliente da empresa – 37%
- Ter conteúdos divertidos e criativos – 37%
- Ser uma empresa cujos posicionamentos eu concordo/admiro – 34%
- Poder interagir com a empresa para tirar dúvidas ou fazer reclamações – 30%
- Ser uma empresa na qual eu gostaria de trabalhar – 20%
4. Empresas B2B e B2C
Empresas Business to business ou Business to consumer enfrentam desafios distintos. No geral, as empresas B2C ficam em maior evidência e 72% seguem empresas que vendem produtos diretamente para o consumidor.
No caso das empresas B2B, são 23% os que dizem acompanhá-las nas redes sociais. Ainda que em menor volume, porém, o público do B2B também está nas redes e a empresa pode encontrá-lo por lá. O seu foco, então, passa a ser preparar o melhor conteúdo para que esse público seja fiel e siga conversando com sua empresa pelas mídias sociais.
5. Interações entre pessoas e marcas
As interações mais comuns são as mais simples: 70% dos entrevistados costumam curtir o conteúdo. Mas as curtidas não são as métricas definitivas que as empresas devem buscar para aumentar sua presença nas redes sociais. Ainda assim, é claro, elas ajudam a validar o interesse do público e a identificação com seu conteúdo.
Na mesma pergunta que a Opinion Box fez sobre interações, foi levantado o insight de que 48% interagem comprando das empresas diretamente das redes sociais. A curtida em vídeos é a maior forma de interação (citada por 70%). Compras pela página da empresa aparecem em segundo lugar de interações (48%), enquanto salvar conteúdo para ler depois vem na sequência, com 42%. Compartilhamento de conteúdo (38%), comentário em conteúdo (37%) e mensagens inbox (21%) são as outras formas de interações citadas.
6. Tom de voz das marcas
Tendo o seu público-alvo em mente, é preciso definir como a empresa se porta nas mídias sociais, com pergunta como “Qual é a linguagem utilizada? Ela é mais ou menos descontraída? A marca fala com gírias? Usa memes e piadas nas interações com o público?”, etc. Isto é chamado de “tom de voz”, e precisa corresponder à essência da marca e aos seus objetivos.
Posto isso, a pesquisa identificou que os usuários das redes esperam que as marcas sejam humanas: 56% disseram gostar de marcas que se comportam como pessoas reais nas redes. A informalidade também é bem-quista (por 49%), mas a empresa deve equilibrar essa tendência com a sua essencia. ter cuidado: só usar um tom mais informal se ele realmente combinar com o que se conhece da persona e com a identidade da própria empresa.
7. Assistentes virtuais
Personagens como a Lu, do Magalu, a Nat, da Natura, e outras, são queridas para 51% das pessoas. 51% dos usuários de redes sociais dizem gostar ou gostar muito de assistentes como elas. Porém, em contraponto, 30% se mantiveram neutros e outros 24% disseram não gostar da ideia.
No atendimento por chatbots, o que os consumidores mais esperam é que os assistentes virtuais mostrem promoções e ofertas. Em seguida, vêm a utilidade de tirar dúvidas dos clientes e explicar assuntos relacionados à marca.
8. Como deve ser o conteúdo
O coração de toda estratégia de marketing nas redes sociais é o conteúdo. Um perfil bem estruturado e respostas ágeis podem até ajudar no branding e na satisfação do cliente também, mas é o conteúdo que faz o motor da estratégia girar de verdade. Na pesquisa, 58% das pessoas concordaram que o conteúdo das empresas nas redes sociais precisa ser mais útil do que interessante.
O que a pesquisa também mostra que as pessoas estão atrás de conteúdos mais curtos e efêmeros, sendo que os vídeos curtos e os stories lideram o ranking. Antes de começar a produzir esse tipo de conteúdo, porém, a empresa deve fazer um bom estudo sobre eles.
O Opinion Box perguntou “o que um conteúdo precisa ser para, de fato, agradar?”. De forma geral, a criatividade é a principal característica requerida. Conteúdos mais divertidos também funcionam melhor, segundo os respondentes, principalmente os que levam formatos de imagens e vídeos. Já os textos, por sua vez, agradam mais quando são informativos.
Veja detalhes sobre os conteúdos que mais agradam:
- Vídeos curtos (Reels, vídeos do TikTok, YouTube Shorts etc) – 64%
- Stories – 55%
- Fotos – 53%
- Textos curtos (Tweets, textos informativos mais curtos em geral) – 41%
- Links para notícias e posts – 29%
- Vídeos longos (Vídeos do YouTube etc) – 25%
- Textos mais longos (Artigos, Posts de blogs etc) – 12%
9. Anunciar ou não anunciar?
Anúncios nas redes sociais podem até irritar alguns usuários, mas não deixam de ser ferramentas para atingir um público maior e na hora certa da sua jornada de compra. Muitas vezes, não dá para criar uma estratégia eficiente sem algum investimento em anúncio. Para o consumidor, segundo a pesquisa, o mais importante é que o conteúdo patrocinado traga informações claras e, sempre que possível, com o preço do produto ou serviço.
Veja detalhes das respostas sobre o que um conteúdo patrocinado deve ter:
- Constar o preço do produto/serviço – 46%
- Trazer informações claras e completas sobre o produto/serviço – 45%
- Ser algo que eu preciso no momento – 42%
- Ser um anúncio curto – 29%
- Trazer uma boa foto ou vídeo do produto – 27%
- Ser um conteúdo mais criativo e divertido – 19%
- Ser um conteúdo mais sério – 15%
- Ser algo que eu já comprei/costumo comprar com frequência – 14%
- Trazer pessoas que eu conheço e confio explicando/indicando o produto – 12%
- Outros – 1%