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Como ser um aliado LGBTQIA+ dentro e fora das organizações

Especialista da FDC descreve 04 passos para se tornar um aliado LGBTQIA+ dentro e fora das organizações

aliado LGBTQIA+ © - Shutterstock
por Leonardo Assumpção 16 de maio, 2022
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    Impacto positivo e legados sustentáveis

A luta LGBTQIA+ vai muito além dos meses de maio e junho, nos quais existem datas afirmativas em prol da causa. É uma luta diária, 365 dias por ano. E não conseguiremos avançar sem a ajuda e o apoio de uma rede de aliados.

No dicionário encontramos essa definição para aliado: que ou aquele (indivíduo, povo, partido político etc.) que se liga a outro, por aliança, tratado, convenção ou pacto, para defender a mesma causa ou atacar o mesmo inimigo; partidário, sequaz, cúmplice.

Como você pode ser um aliado da nossa causa? Vou listar aqui 04 passos importantes para você ser um grande aliado, dentro e fora das organizações:

Reconheça seus privilégios

Vivemos numa sociedade onde o padrão binário heteronormativo dita as regras, ou seja, a heterossexualidade é vista como a sexualidade padrão, e consequentemente anula as outras sexualidades. Menino veste azul, menina veste rosa, sessão de brinquedo de menino, sessão de brinquedo de menina e por aí vai. Você, homem cis branco hétero, está no topo do privilégio. E fazendo um recorte para a realidade brasileira, este privilégio é ainda maior. Você sabia que o Brasil é o país que mais mata LGBTQIAs no mundo? Você, heterossexual, tem medo de demonstrar afeto em público? Você, heterossexual, corre o risco de ser agredido física ou verbalmente pela sua orientação sexual? Acredito que não né…. Então você é um privilegiado. Ponto.

Busque se informar de verdade

Uma vez que você percebe e reconhece o seu privilegio é hora de correr atrás de informações. Livros, programas de TV, sites, podcasts, perfis no Instagram, etc… Procure por fontes fidedignas e cuidado com as fake news!

Estabeleça diálogos

Você já reconheceu seu privilégio, buscou informações de verdade, agora está preparado para começar a estabelecer diálogos. Chega de ouvir piadinhas homofóbicas e ficar calado (quem cala consente, lembra?), estabeleça diálogos francos e abertos dentro (e fora) do ambiente de trabalho, defenda a causa LGBTQIA+. Esse ciclo LGBTfóbico preciso ser quebrado o quanto antes.

Conheça diferentes vivências LGBTQIA+

Agora fica faltando apenas o último passo: conhecer diferentes vivências LGBTQIA+. Traga pessoas LGBTQIA+ para o seu círculo de convivência. Uma pessoa LGBTQIA+ não vai falar apenas de diversidade e inclusão, moda, divas pop etc. Podemos conversar sobre política, futebol, viagens, literatura, filosofia, psicologia, finanças, investimentos, etc. Conviva com essas pessoas. Simples assim.

Não deixe jamais de ouvir a comunidade LGBTQIA+ a seu redor. Escuta e empatia fazem e farão sempre toda a diferença, dentro e fora das organizações.

Ah, antes que eu me esqueça, esses 04 passos podem ser replicados para outros grupos minorizados, quando pensamos nos grupos de afinidades: Raça e Etnia, Gênero ou PCD.

* Leonardo Assumpção é especialista em Diversidade e Inclusão da Gerência de Relações Corporativas da Fundação Dom Cabral.




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