O agronegócio brasileiro é mais do que a exportação de produtos como soja e carne bovina: o setor também tem se mostrado atento ao S, da sigla ESG, que representa a responsabilidade social. É o que mostra um recorte do e-book Benchmarking de ESG no Agronegócio, publicado pela Fundação Dom Cabral. O material traz relatos de vários profissionais do segmento que, sozinho, movimentou quase 2 trilhões de reais em 2020. Parte desse faturamento impressionante, de acordo com a publicação, tem sido carreado para ações de impacto social.
É o caso da Copersucar e seu Programa Conecta, focado em garantir formação e capacitação de comunidades no entorno da empresa. Em 2019, a iniciativa formou alunos com idades entre 18 e 34 anos num curso de empreendedorismo. Eles puderam, inclusive, colocar os ensinamentos em ação durante três feiras que reuniram cerca de 1,4 mil pessoas.
Na área de segurança ocupacional, a Suzano também é destaque a partir do Programa Cuidar, por onde ela mapeou 18 dimensões nos aspectos de segurança do trabalho e formatos de ações que deveriam endereçar essas demandas dentro do grupo.
Agro social da diversidade à segurança alimentar
A mesma Suzano investiu na diversidade de recursos humanos, tendo adotado alterações no seu sistema de contratação a partir de 2020. Além de desenvolver um novo posicionamento de employer branding para comunicar ao mercado o compromisso com a diversidade e inclusão, a empresa estabeleceu parcerias, contando com o apoio de consultorias especializadas no assunto, para atrair um público mais diverso. O resultado foi um banco de talentos para cada grupo de afinidade.
Outra ação da Suzano envolveu a sensibilização dos gestores da companhia no tema de diversidade e inclusão, por meio de treinamentos, e a participação da liderança nestes grupos de afinidade.
Já a segurança alimentar faz parte de vários projetos e um deles é o da Friboi, empresa do grupo JBS. Em 2020, ela estabeleceu um programa de sistematização de controle de qualidade operacional, com monitoramento 100% online e on-time, compondo sistema inédito no setor de alimentos no Brasil.
O controle eletrônico começa no registro de desvios críticos por colaboradores das plantas, via tablet, reproduzindo três alertas enviados ao supervisor da linha, gerente de planta, equipes de garantia de qualidade e diretoria de Operações Industriais. A inovação agiliza a tomada de decisão e permite o tratamento de desvios.