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70% dos profissionais delegariam tarefas para a IA reduzir a carga de trabalho

Pesquisa da Microsoft revela que funcionários temem menos perda de emprego e mais alívio em sua carga de trabalho

medo inteligência artificial © - Shutterstock
por Redação março 1, 2024
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Ao contrário do que se imaginava, os trabalhadores não temem tanto o desemprego como consequência do crescimento do uso da Inteligência Artificial, mas acreditam que a IA aliviará o excesso de trabalho.  O Relatório da Microsoft Work Trend Index 2023 mostra que, embora 49% das pessoas ouvidas estejam preocupadas com a possibilidade de a IA substituir seus empregos, um número bem maior – 70% – delegaria o máximo de tarefas possíveis à ela para diminuir as suas cargas de trabalho. O levantamento foi feito com 31 mil pessoas, em 31 países, e usou dados do Microsoft 365 combinados com tendências do LinkedIn.

“É fascinante que as pessoas estejam mais entusiasmadas com o fato de a IA as resgatar do esgotamento do que preocupadas com a possibilidade dela eliminar os seus empregos”, disse o autor da pesquisa e professor de psicologia organizacional, Adam Grant.

Apoio ao trabalho criativo

Os entrevistados esperam contar com a inteligência artificial para ajudar em quase todos os aspectos do seu trabalho. Na pesquisa da Microsoft, três em cada quatro pessoas ouvidas (76%) disseram que se sentiriam confortáveis ​​em usar IA para tarefas administrativas. A maioria também disse que gostaria de usá-la para trabalhos analíticos (79%) e até mesmo criativos (73%).

Na pesquisa, os trabalhadores em funções criativas foram definidos como aqueles que atuam em uma função ou departamento relacionado ao desenvolvimento de produtos, criação, design, marketing e relações públicas.

Expectativa de maior produtividade

A pesquisa da Microsoft também revela que os líderes empresariais estão otimistas em relação à IA e o impacto nos funcionários. Quando questionados sobre o que mais valorizariam nessa tecnologia no local de trabalho, os líderes são duas vezes mais propensos a escolher “aumentar a produtividade dos funcionários” do que “reduzir o número de funcionários”.

Na verdade, a redução do número de funcionários estava em último lugar na lista do que os líderes valorizariam com a IA. Depois de “aumentar a produtividade”, as principais esperanças dos líderes para a IA são: ajudar os funcionários com tarefas necessárias mas repetitivas, aumentar o bem-estar dos empregados, eliminar o tempo gasto em atividades de baixo valor, melhorar as capacidades e acelerar o ritmo de trabalho dos funcionários.

Trabalhadores devem ser capacitados para IA

A expectativa de quanto a inteligência artificial vai ajudar a aliviar o trabalho é grande, mas é bom lembrar que é preciso estar bem preparado para lidar com este novo recurso, inclusive em atividades não relacionadas à tecnologia, como medicina e arquitetura, como mostra reportagem publicada no Valor Econômico.

Lúcia Rodrigues, líder de filantropia da Microsoft Brasil, explicou que há cursos introdutórios para ingressar nesse mercado, inclusive de forma gratuita da própria Microsoft, com o curso “Fundamentos Essenciais de Carreira em Inteligência Artificial Generativa”, lançado em parceria com o LinkedIn. A formação possui seis módulos sobre o que é a Inteligência Artificial Generativa, a evolução da pesquisa reflexiva on-line, Microsoft Big Chat e ética na era da IA.

“É preciso entender o básico”, diz professor

Já para quem deseja afunilar o conhecimento, o professor Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, recomendou que, antes de qualquer iniciativa, é preciso entender o básico: dados, engenharia de software, hardware, segurança da informação e gerenciamento de riscos. Ele destacou que ter o inglês fluente também é imprescindível para manter-se atualizado sobre as novas tendências.

“É importante saber que, mesmo não sendo necessário que todos saibam programar, os profissionais devem minimamente entender qual o contexto atual das tecnologias e como utilizá-las no ambiente de trabalho em que estão inseridos”, disse.




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