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Gestão pública
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Inovação e transformação digital
Na opinião de Michael Baker, desenvolvedor de negócios, produtos e inovação da Hexagon, os líderes municipais precisam criar canais colaborativos para garantir fluxos operacionais. Mais do que isso, eles precisam compartilhar esses dados com outras lideranças, a fim de otimizar serviços públicos como bombeiros, aplicações de leis, transportes, coleta de lixo e outros. Ou seja, a criação, gestão e compartilhamento de dados entre cidades é essencial, e Baker defende isso em um artigo publicado pelo Smart Citie World, dos Estados Unidos.
Segundo ele, a gestão de dados ajuda as cidades a coordenarem planos unificados e ampliar o poder de investimento em tecnologias nas quais a colaboração subsidia planos de ação com melhores fluxos de trabalho. Isso vale principalmente para eventos extraordinários, algo considerado crítico para as cidades eficientes, bem organizadas e seguras, ou seja: as cidades resilientes.
“Métodos desatualizados, manuais e em silos podem resultar em departamentos e agências que retêm dados operacionais uns dos outros. O resultado pode atrapalhar o crescimento de uma cidade, a resposta a emergências, a imprensa positiva e os esforços de sustentabilidade medidos”, explicou.
Cidades Resilientes são exemplos no compartilhamento de dados
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o maior desafio que as cidades enfrentam hoje está nas ameaças ambientais, que acarretam ondas de calor, inundações e outros problemas. Não por menos, Baker pontua a importância de que gestores de cidades obtenham insights sobre como a poluição afeta a saúde pública. Segundo ele, isso necessita de uma gama de dados, que vai desde o número de pacientes hospitalizados por questões respiratórias até estatísticas de tráfego urbano e de qualidade geral do ar. “Com as ferramentas certas, não há mais silos de dados e todos os dados podem ser acessados por qualquer departamento que resolva o problema”, avaliou.
Para o especialista da Hexagon, portanto, é possível e necessário construir um verdadeiro relacionamento colaborativo entre departamentos e até mesmo entre cidades. E ele cita exemplos: “o compartilhamento de dados e a colaboração entre as autoridades de saúde mental da cidade e os administradores penitenciários, assim como a aplicação da lei para obter insights reais sobre as tendências da saúde mental nas prisões, podem ser otimizados”, pontuou ele.
Nos departamentos de segurança pública, Baker lembra que já é comum o estabelecimento de centros de inteligência, com informações em tempo real e até mesmo em compartilhamento com outras organizações públicas, privadas e até diretamente com os cidadãos. “Esses centros de inteligência precisam analisar dados de várias fontes para detectar padrões, melhorar os tempos de resposta a emergências e evitar que crimes aconteçam”, escreveu ele. “Assim, quando um crime é detectado, ele afeta vários departamentos e o centro de inteligência pode criar um canal colaborativo, seguro e com informações trafegando em tempo real, para que os parceiros associados ajudem a criar uma resposta única”, completou.