O relatório Web 3 Career Market Report, produzido pela exchange KuCoin, revelou que as mulheres estão assumindo posição de liderança na Web3. A pesquisa ouviu mais de 3,6 mil profissionais e mapeou que as mulheres estão mais ativas em termos de carreira do que os homens nesses espaços. Outro apontamento foi que 49% das mulheres entrevistadas trabalham meio período como freelancers, enquanto um terço delas trabalham como engenheiras ou desenvolvedoras na Web3, .

Apesar do avanço, a CEO da KuCoin, Johnny Lyu, pontuou que a blockchain e todo o setor de tecnologia ainda é majoritariamente masculino, o que impõe desafios para as mulheres profissionais da Web3. De modo geral, a cultura “bro” (que diz respeito a uma cultura masculina tóxica) é a principal barreira para o avanço feminino na nova era da internet. O problema foi apontado como o pior para 33% das entrevistadas. Outra dificuldade reclamada foi a falta de recursos educacionais adequados.

Mulheres ultrapassam barreiras na Web3

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Apesar dos desafios, 60% das entrevistadas disseram ter encontrado maior espaço para trabalhar na Web3 e 16% disseram já atuar em ambientes DeFi, NFTs, do metaverso e de projetos de ativos digitais. “As mulheres podem adicionar a sua perspectiva única na Web3, quando engajadas no desenvolvimento de produtos para ela”, disse Johnny Lyu em uma entrevista ao site internacional CoinGeek

Segundo ela, o ambiente da Web3 pode alavancar o potencial das mulheres, que passam a assumir papéis de liderança no desenvolvimento de produtos diferenciados. “Tenho certeza de que profissionais do sexo feminino podem contribuir com abordagens únicas e criativas para a ascensão da Web3 como um espaço de inúmeros casos de uso e aplicativos para toda a população online global”, completou.

Johnny Lyu é uma das pioneiras da Web 3.0 e lidera o KuCoin Labs: braço de investimentos da exchange que levantou um fundo de US$ 100 milhões em novembro do ano passado para desenvolvimentos no metaverso. Também à frente da pesquisa sobre carreiras na Web3, ela acredita que estamos avançando para um novo mundo descentralizado e que definirá o futuro da internet. “E isso vai muito além da adoção de criptomoedas”, previu.