O trabalho remoto ganhou várias denominações na pandemia – e vários adeptos também – mas as coisas podem mudar. Os chefes querem a volta aos escritórios, entre outras coisas, para ficar de olho nos funcionários, segundo a plataforma norte-americana de contratação de freelancers Fiverr. Um estudo dela mostrou que 47% deles nos Estados Unidos planejam mudar o esquema de trabalho remoto no ano que vem.

O levantamento ouviu mais de mil gerentes e executivos, além de mais de mil empresários. A lista de explicações inclui a necessidade de os gerentes ficarem de olho em seus colaboradores e a possibilidade de reduzir os intervalos dos empregados. Essa última explicação foi dada por um em cada quatro entrevistados. E outros 25% também querem os escritórios de volta porque estão pagando por esse espaço. 

As razões envolvem o uso de infraestrutura, como computadores e impressoras: 42% disseram que essa é a razão para mudar a política de trabalho remoto. Dois terços dos executivos querem que seus funcionários voltem ao trabalho em tempo integral e, no caso da média gerência, essa proporção é um pouco menor, mas ainda significativa (54%).

Volta ao escritório pode estimular pedidos de demissão 

trabalho remoto 2023

A mudança pode ser maior nas grandes empresas, pois o estudo indica que executivos e líderes desse tipo de corporação são mais propensos a apoiar o retorno aos escritórios: nas empresas com mais de 500 empregados, 67% dos chefes querem o pessoal de volta full time, contra 45% daqueles em companhias com menos de 100 funcionários. O problema é que os trabalhadores não estão exatamente dispostos a voltar. 

O estudo comprova isso: cerca de 42% disseram que considerariam pedir demissão se tivessem que voltar a trabalhar na empresa em período integral e 61% admitiram que voltariam se ganhassem aumento de salário. Mas, atenção: um em cada cinco disse que nenhum incentivo o faria retornar ao escritório.