Em 2024, o Seja Relevante apresentou uma série de entrevistas com líderes e especialistas que discutiram temas como inclusão, liderança, saúde, inovação e sustentabilidade. Separamos, nesta retrospectiva, um resumo sobre o que 10 dessas lideranças nos disseram. Veja a seguir.
Gustavo Werneck: bem-estar como diferencial estratégico

Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, destacou que o bem-estar das pessoas é um elemento central para gerar valor nas organizações. Segundo ele, o sucesso não se limita a metas financeiras, mas está relacionado à capacidade de promover ambientes que respeitem e potencializem o bem-estar dos colaboradores e consumidores. Ele afirmou que empresas que criam relações autênticas e horizontais conseguem engajar melhor suas equipes e criar uma base sólida de confiança com os consumidores.
Além disso, Gustavo ressaltou que ciclos virtuosos surgem quando as organizações adotam uma abordagem colaborativa. Isso envolve ouvir ativamente as demandas sociais e incorporar soluções que beneficiem tanto a empresa quanto seus stakeholders. Para ele, os líderes precisam internalizar a ideia de que bem-estar humano não é um custo, mas um investimento essencial na competitividade. (Leia mais)
Luana Génot: inclusão além de nichos

Luana Génot, do Instituto Identidades do Brasil, afirmou que a inclusão deixou de ser um tema periférico e se tornou parte integral das estratégias corporativas. Para ela, diversidade é um motor de inovação, trazendo perspectivas que desafiam o status quo e estimulam o pensamento criativo. Isso é especialmente relevante em uma economia global cada vez mais interconectada, na qual a capacidade de atender públicos diversos é crucial.
Ela também argumentou que as empresas precisam abandonar posturas reativas e se tornar agentes de transformação. Investir em inclusão não só melhora os resultados financeiros, mas também cria um legado de impacto social. Segundo Luana, ambientes que acolhem diferenças são mais dinâmicos, engajados e preparados para lidar com desafios do futuro. (Leia mais)
Ronaldo Ribeiro: saúde como prioridade empresarial

Ronaldo Ribeiro, CEO da Farmax, enfatizou a importância da saúde integral como um pilar central no ambiente corporativo. Ele afirmou que empresas têm um papel crucial em abordar saúde física, mental e emocional, criando espaços seguros para discussões sobre bem-estar. Ribeiro também destacou que equilibrar a jornada de trabalho e promover lideranças ambidestras – focadas tanto em resultados quanto em pessoas – são ações que geram impacto positivo na performance organizacional.
Com base em sua trajetória pessoal, o CEO relacionou sua visão à mobilidade social proporcionada pela educação. Ele ressaltou que, além de gerar impacto econômico, empresas como a Farmax podem promover transformação social, ao oferecerem produtos acessíveis e inclusivos. Ele citou como exemplo a marca Negra Rosa, que celebra a diversidade na beleza, e a Sanavita, voltada para a saúde feminina. (Leia mais)
Luciana Temer: visibilidade contra a violência sexual infantil

Luciana Temer, do Instituto Liberta de Enfrentamento às Violências Sexuais contra Crianças e Adolescentes, destacou que a violência sexual infantil precisa sair da invisibilidade para ser efetivamente combatida. Para ela, esse problema só será solucionado quando houver um esforço coletivo para educar a sociedade, fortalecer políticas públicas e envolver empresas na disseminação de informações sobre o tema. Ela também reforçou que o silêncio perpetua o ciclo de violência e que é responsabilidade de todos combatê-lo.
Luciana enfatizou o papel da liderança corporativa em dar visibilidade ao problema. Empresas podem usar seu alcance para criar campanhas de conscientização e apoiar iniciativas voltadas à proteção de crianças e adolescentes. Segundo ela, é essencial que a sociedade deixe de normalizar a violência e trabalhe ativamente para eliminá-la. (Leia mais)
Pedro Mandelli: liderança além de metas

Pedro Mandelli, professor da Fundação Dom Cabral, argumentou que lideranças modernas precisam ir além da obsessão por metas. Ele defendeu que o verdadeiro líder é aquele que inspira, engaja e promove uma cultura organizacional baseada em valores éticos e no desenvolvimento humano. Mandelli apontou que lideranças que focam apenas no curto prazo perdem a oportunidade de construir legados duradouros.
Ele também ressaltou que líderes eficazes precisam ser agentes de transformação, conectando as demandas organizacionais às necessidades sociais. Segundo ele, o equilíbrio entre resultados financeiros e bem-estar coletivo é uma tendência irreversível no mercado atual, e empresas que não seguirem essa direção perderão relevância. (Leia mais)
Marcos Troyjo: parcerias Brasil-Índia

Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, enfatizou que a globalização pode ser uma ponte para fortalecer as relações entre Brasil e Índia. Ele destacou que ambos os países têm economias complementares, com potencial para expandir o comércio bilateral e desenvolver projetos conjuntos em tecnologia e infraestrutura. Troyjo acredita que parcerias estratégicas podem transformar o Brasil em um ator mais competitivo no cenário global.
Ele também apontou que a cooperação internacional é essencial para enfrentar desafios como mudanças climáticas e desigualdade. O fortalecimento de laços comerciais com países emergentes, como a Índia, pode acelerar o desenvolvimento sustentável e a inovação tecnológica no Brasil. (Leia mais)
Silvia Massruhá: adaptação na agricultura

Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, destacou que a adaptação às mudanças climáticas é crucial para garantir a segurança alimentar. Ela alertou que, sem investimentos em pesquisa e tecnologia, a agricultura brasileira corre o risco de perder competitividade. Silvia argumentou que a ciência deve ser usada para desenvolver soluções que preservem recursos naturais e aumentem a produtividade.
Ela também mencionou que a colaboração entre setores público e privado é essencial para impulsionar inovações no agronegócio. Segundo Silvia, a integração de tecnologias de ponta, como inteligência artificial e biotecnologia, pode posicionar o Brasil como um líder global na produção sustentável de alimentos. (Leia mais)
Bia Galloni: liderança feminina em foco

Bia Galloni, conselheira certificada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), afirmou que, embora a presença feminina em cargos de liderança tenha avançado, ainda há um longo caminho para alcançar a igualdade. Para ela, as empresas devem adotar políticas que eliminem barreiras estruturais e promovam a ascensão de mulheres ao topo das organizações. Bia também destacou a importância de oferecer mentorias e redes de apoio para mulheres em posições de liderança emergentes.
Ela ressaltou que representatividade importa, não apenas por razões éticas, mas também por seu impacto positivo na performance organizacional. Estudos mostram que empresas com diversidade de gênero em sua liderança têm resultados superiores, o que torna esse tema um imperativo estratégico. (Leia mais)
Osvaldo Bachião Filho: intercooperação no cooperativismo

Osvaldo Bachião Filho, VP da Cooxupé, defendeu que a intercooperação é a chave para o futuro do cooperativismo no Brasil. Ele afirmou que a colaboração entre cooperativas fortalece sua competitividade e resiliência, especialmente em um cenário de rápidas transformações econômicas. Segundo Bachião, o movimento cooperativista precisa ampliar suas redes para gerar impactos sociais e econômicos mais significativos.
Bachião também destacou que as cooperativas têm um papel único na promoção de desenvolvimento sustentável. Ao combinar objetivos econômicos com valores sociais, elas podem atender às demandas locais e globais de forma eficiente, criando um modelo de negócios mais inclusivo e adaptável. (Leia mais)
Ricardo Pelegrini: informação como motor da inovação

Ricardo Pelegrini, CEO da Quantum4 Innovation Solutions, enfatizou que líderes bem informados são os maiores impulsionadores da inovação. Ele afirmou que, em um mundo onde a transformação digital é uma constante, a capacidade de absorver e traduzir informações em estratégias diferenciais é uma habilidade essencial. Pelegrini destacou que a educação contínua e o acesso a dados de qualidade são essenciais para manter a relevância.
Ele também observou que a inovação não surge apenas de grandes avanços tecnológicos, mas da aplicação inteligente de informações para resolver problemas reais. Líderes que se dedicam ao aprendizado constante conseguem transformar organizações e moldar o futuro dos negócios. (Leia mais)