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Mulheres negras enfrentam maiores desafios no mercado de trabalho, segundo mostra a pesquisa ‘Mulheres no Ambiente de Trabalho 2022’, da LeanIn.Org e McKinsey & Company. O estudo revela, por exemplo, que as líderes negras enfrentam maiores barreiras que as líderes brancas para alcançar o sucesso. Uma em cada três líderes negras diz ter perdido oportunidades devido a suas características pessoais, incluindo raça e gênero.
Líderes negras são mais ambiciosas, de acordo com a pesquisa, que as mulheres em geral: 59% das mulheres negras entrevistadas querem ser executivas top, contra 49% das mulheres em geral. Mas é mais duro para as líderes negras avançarem, em comparação com mulheres líderes de outras raças e etnias. As dirigentes negras estão mais no foco das atenções e enfrentam maiores questionamentos dos colegas sobre sua competência.
“Quando eu fui promovida para uma posição sênior, ouvi comentários como: ‘você deve ter conseguido essa posição porque é negra’”, disse uma gerente entrevistada na pesquisa.
Gestoras negras vêm deixando corporações
A pesquisa também mostrou que mais gestoras mulheres vêm deixando corporações. O gap entre mulheres e homens deixando a posição é maior nos últimos anos. Para cada diretora que é promovida, duas escolhem sair da empresa.
Muitas mulheres estão trocando de emprego por melhores oportunidades, mas algumas consideram um downgrade para trabalhar menos horas em outra empresa e cuidar da família e da vida pessoal. Em 2021, 29% das mulheres – e 22% dos homens – pensaram em reduzir a carga de trabalho, a fim de buscar um emprego menos demandante.
No geral, o estudo mostra que, apesar de avanços, as mulheres como um todo ainda são subrepresentadas em cargos de liderança. O problema se agrava quando entra a questão racial. Para cada 100 homens promovidos a qualquer cargo, 87 mulheres, e 82 mulheres negras, são promovidas.
Mulheres subrepresentadas em áreas técnicas
A pesquisa também revela que as mulheres estão subrepresentadas em áreas técnicas. São muito mais homens em cargos de engenharia, por exemplo. Mulheres em posições técnicas frequentemente dizem que são a única mulher em uma sala de reunião de trabalho.
Entre 2015 e 2022, mais de 810 companhias participaram do estudo e mais de 400 mil pessoas foram ouvidas. Em 2022, foram coletadas informações de 333 organizações, que empregam mais de 12 milhões de pessoas e entrevistadas mais de 40 mil empregados. Este é o maior estudo sobre mulheres em corporações na América.