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Impacto positivo e legados sustentáveis
As mulheres são mais eco-responsáveis e os homens são menos “verdes”, na avaliação dos pesquisadores Sophie Raynaud, doutoranda da Neoma Business School, e Ricardo Azambuja, professor associado da Rennes School of Business e também professor da Fundação Dom Cabral (FDC). De acordo com eles, o condicionamento cultural se aplica à ecologia e ao gênero.
Tem sido demonstrado, segundo os dois pesquisadores, que as mulheres, geralmente educadas para serem mais sensíveis à segurança do futuro, têm práticas mais eco-responsáveis do que os homens. Elas também são mais numerosas entre os vegetarianos e veganos. Além disso, estudos mais recentes demonstraram sobretudo a existência de um estereótipo feminino ligado ao consumo eco-responsável.
Mulheres são mais eco-responsáveis até nos personagens
O papel feminino mais acentuado em relação à responsabilidade ecológica se repete na ficção. “Entre as personagens vegetarianas, podemos citar, por exemplo, Phoebe (Friends), Lisa Simpson (The Simpsons) e mais recentemente Ruby ( Sex Education ) ou mesmo Lola ( Plus Belle la Vie ). Todos esses personagens – muitas vezes secundários – são mulheres, jovens, idealistas e, às vezes, com um visual hippie. Duas delas são “abraçadoras de árvores”, escreveram Sophie e Azambuja em artigo publicado na França.
Eles argumentam que pesquisas recentes destacam a necessidade de modificar os imaginários coletivos para tornar a transição ecológica aceitável. “Concretamente, trata-se de tornar os vegetais frescos e fáceis de usar, tanto para homens como para mulheres; trata-se de sonhar com praias da Córsega em vez de tailandesas e tornar as caminhadas tão libertadoras quanto as sessões de “terapia de compras”, popularizadas por Sex and the City”, destacaram.
