Uma pesquisa da plataforma Catho para a CNN mostrou que 42% dos profissionais brasileiros desejam mudar de carreira em 2025. Entre os principais motivos que despertam essa vontade de trocar de cargo estão a qualidade de vida, apontada por 42,7% dos entrevistados, seguidos pelo plano de carreira, aumento salarial, ambiente de trabalho saudável e novos desafios.
Dos 5 mil respondentes, o grupo entre 26 e 35 anos foi o que mais expressou a pretensão de migrar de área, com 46% do retorno. Por outro lado, aqueles que menos planejam uma troca estão abaixo dos 18 anos e acima dos 66 anos. Esse cenário, segundo o diretor de vendas B2C, marketing e produtos da Catho, Fabio Maeda, reflete um movimento de busca por uma posição melhor no âmbito profissional.
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“Vemos que o desejo de migrar de área é mais intenso entre os profissionais em fases cruciais da carreira, como aqueles entre 26 e 35 anos, que frequentemente estão buscando crescimento ou maior satisfação profissional”, destacou o executivo.
Apesar dos resultados apontarem para esse movimento, a falta de qualificação profissional para a nova ocupação e a insegurança financeira são citadas como os principais desafios na transição.
Mudança de emprego por uma nova perspectiva

Sob a perspectiva da pesquisa Guia Salarial – Tendências Candidatos e Empresas 2025, realizada pela consultoria Michael Page, a busca ativa por um novo emprego também se sobressai, com 51,4%. No entanto, os motivos que levam a essa decisão são a remuneração (86,5%), modelo de trabalho flexível (56,8%) e benefícios adicionais (45,9%). Para o diretor executivo da Michael Page, Lucas Toledo, esse estudo revela uma mudança relevante do mercado de trabalho, que deve ser considerada pelas empresas na hora de contratar.
“O desejo de mudança entre os profissionais reflete uma evolução nas expectativas do mercado: além de uma remuneração competitiva, os talentos buscam flexibilidade, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e um propósito claro no trabalho. Para as empresas, compreender essas demandas é essencial para atrair e reter talentos de forma sustentável”, explicou Toledo.
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O levantamento, que contou com a participação de 6,8 mil profissionais brasileiros, identificou também as razões que levam à recusa de uma oferta de emprego. Entre elas, o desequilíbrio entre vida pessoal e profissional é a mais citada, com 59,5%. Empatados em segundo lugar, os salários ou benefícios abaixo do mercado e um clima organizacional ruim foram escolhidos por 56,8% dos participantes. Por fim, em terceiro lugar, a liderança inadequada foi apontada por 48,6% .