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Educação e aprendizagem
Toda viagem internacional é transformadora e as experiências de formação profissional no exterior não são exceção. Esse é o caso de Alexandra Monteiro, consultora de gestão de processos, e de Tiago Nori, executivo de tecnologia da informação. Os dois são participantes recentes de uma tendência em MBA: a vivência de módulos internacionais. O intercâmbio, vale dizer, também é possível, ou seja, ter executivos estrangeiros estudando no Brasil.
A experiência de Alexandra envolveu a ida ao Vale do Silício, na Califórnia, e vai incluir ainda outra viagem, dessa vez até Paris, ainda neste mês. As duas incursões foram por meio do Study Trip, uma iniciativa do Executive MBA da Fundação Dom Cabral (FDC).
“Foi uma grande oportunidade, porque sempre trabalhei com sistemas, então, TI e projetos sempre foram áreas parceiras. Durante meu período na Unidas, fiz sete interações entre empresas (M&A). Quando soube da oportunidade do Study Trip, não pensei duas vezes em aproveitar o que o Vale do Silício tem de bom, saber porque a região é tão importante. Foi muito bom para conhecer pessoas, visitar empresas e ampliar o networking”, explica Alexandra.
O roteiro de visitas incluiu a sede do Slack e uma aula em Stanford, entre outras atividades. Para a executiva, a experiência no Vale do Silício não se limita a profissionais de área de tecnologia da informação, mas exige uma postura de envolvimento com inovação para ser válida.
Visão ampliada
“A gente volta com outra cabeça. Quando você vê as estruturas, o que cada empresa oferece, consegue materializar várias coisas. A principal delas é que você não precisa começar grande, é possível começar com ações simples, mudar ideias e depois ir crescendo”, complementa.
Na sua segunda viagem programada, a ideia de Alexandra é focar em liderança, inclusive em função de seu mestrado, que tratou de diversidade e inclusão. “Na Califórnia, a proposta foi focada em hard skills, trabalhos mais analíticos. Agora, em Paris, espero algo de dentro para fora”, explica. “Como líderes, nossa tendência é de nos preocupar muito com a equipe, com todos ao nosso redor. Mas às vezes estamos isolados na tomada de decisão. Uma imersão ao lado de outros profissionais nos ajuda a evoluir nesse sentido, a se tornar uma pessoa e uma líder melhor”, analisa.
Para Tiago Nori, a experiência no Vale do Silício também foi diferenciada, inclusive pela turma de executivos que fez parte da incursão. Para ele, foi transformador. “Fomos recebidos por grandes empresas de tecnologia. Ouvimos pitches de startups. Conhecemos universidades e tivemos a oportunidade de ter algumas aulas. Aprendemos sobre Venture Capital. Conversamos com empreendedores. Vimos de perto a realidade de regiões mais carentes de San Francisco e a importância dos programas sociais”, relata.
A experiência também inclui iniciativas práticas, segundo ele. “Para complementar, ajudamos duas empreendedoras a validarem a estratégia de growth e branding do app Scoop, que está sendo preparado para levantar sua primeira rodada de investimento. Com direito a pitch vencedor e tudo”, finaliza.