-
Gestão pública
Os investimentos privados poderão ser coringa para desimpedir os gargalos de infraestrutura em 2023, segundo reportagem do jornal Valor. A publicação lembra que as concessões de portos, rodovias, aeroportos e ferrovias, entre outras, geraram R$ 73 bilhões na ampliação e modernização da infraestrutura desses setores desde 2019, quando o processo foi acelerado. Outros R$ 18 bilhões foram para os cofres governamentais, resultado do pagamento de outorgas.
Outro mercado não citado acima é o de energia, com vários investimentos em fontes renováveis. Um dos resultados disso envolve a possibilidade de a energia solar fechar o ano de 2022 como a segunda maior fonte de geração de energia do país, atrás somente da produção hidrelétrica.
Já nas telecomunicações, somente a implantação do 5G tem a possibilidade de movimentar cerca de R$ 590 bilhões até 2032.
Retrospecto evidencia investimento privado para 2023
Uma tabela montada pelo jornal mostra ainda como evoluíram os investimentos privados na área de infraestrutura entre 2010 e 2022, nesse último caso, com estimativas até o final do ano.
Em 2010, por exemplo, os investimentos em infraestrutura representaram 2,46% do PIB e a participação pública foi de 57,3% do total. Essa participação tem sido reduzida ano a ano, de acordo com o Valor.
Em 2015, os investimentos em infraestrutura representaram 2,14% do PIB e foram feitos em sua maior parte pela iniciativa privada, que respondeu por 60,3% dos investimentos. Em 2020, os investimentos privados subiram para 62,9% e, no passado, aumentaram de novo para 66,4%. Já os investimentos em relação ao PIB devem ser mantidos mais ou menos equivalentes: 1,65%, em 2020, e 1,73%, em 2021.