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Inmetro aprova selo para medir inclusão social em empresas

Desenvolvida pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, certificação tem a meta de preencher a lacuna do S, no ESG

selo inclusao social © - Shutterstock
por Redação setembro 6, 2022
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    Impacto positivo e legados sustentáveis

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) aprovou o primeiro selo que mede a inclusão social em empresas. Desenvolvido pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, a certificação tem a meta de preencher a lacuna do S (social) no ESG, uma vez que as outras letras da sigla já contam com parâmetros para verificar se estão sendo atendidas.

“As companhias querem ter seus sistemas certificados pelo simples fato de que isso agrega valor à marca”, diz Aldoney Costa, coordenador-geral de Acreditação do Inmetro. “Existem muitas demandas no tripé ESG, mas ainda não dispomos de acreditações. Por isso a escala criada pelo Instituto Olga Kos é tão importante”, reforçou.

A Escala Cidadã Olga Kos, como o selo é chamado, envolveu dez anos de estudos, pesquisas de legislações e melhores práticas internacionais. Para as certificadoras de boas práticas sociais, a criação do manual e a homologação do Inmetro significa ter um roteiro que vai além de rampas de acesso e banheiros adaptados: o processo envolve um guia baseado em cinco variáveis, 20 indicadores e 37 requisitos. 

Exigências para o selo de inclusão social

Dentro das variáveis, estão as arquitetônicas – se a empresa tem piso tátil para deficientes visuais, por exemplo – e comunicacional. Esta última avalia, além de comunicação acessível aos públicos interno e externo, se há barreiras de comunicação interpessoal e discursos inclusivo e tradução na linguagem de sinais para outros idiomas.

selo inclusao social
© – Shutterstock

Também há uma variável metodológica, que considera a eliminação de barreiras nos programas de capacitação e o quão inclusivo é o processo de contratação e programática/atitudinal, que leva em conta a missão e os valores da empresa e sua relação com as práticas adotadas. Por fim, o clima organizacional também será avaliado.

Para obter a certificação de empresa inclusiva, é necessário alcançar, no mínimo, um patamar de 75% dos critérios estabelecidos.

A certificação também estipula níveis de inclusão como:

Nível 1: não há indícios de cultura ou ações inclusivas e a empresa não reconhece as próprias barreiras.

Nível 2: a empresa já tem valores e objetivos inclusivos reconhecidos e está na fase inicial de implementação.

Nível 3: há políticas e ações inclusivas que são aceitas e executadas por grande parte da empresa. Também há evidências do envolvimento e empenho da direção.

Nível 4: a empresa já tem ações e políticas consolidadas, que são monitoradas e são parte de um ciclo de melhoria contínua.




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