O empreendedorismo corporativo é visto cada vez mais como uma ferramenta de criar, além de valor financeiro para acionistas, valores social e ambiental. Mais do que isso, ele deve abarcar um grupo mais amplo de partes interessadas. É o que mostra o professor da Fundação Dom Cabral, Heiko Spitzeck no artigo How Corporate Social Entrepreneurship Drives Financial as Well as Non-Financial, que é baseado em pesquisa na qual 420 grandes corporações brasileiras foram ouvidas.
O especialista analisa até que ponto a combinação de investimento e estruturas organizacionais em relação ao empreendedorismo social corporativo impulsiona os investimentos financeiros e não financeiros.
Resultados do empreendimento social corporativo
A pesquisa avaliou os desempenhos de 235 empresas com baixo investimento e de outras 185 empresas com alto investimento e estruturas CSE (Empreendedorismo Social Corporativo). Os resultados indicam que as empresas com alto investimento e estruturas CSE são melhores na criação de valor financeiro. Isso ocorre por conta da redução de custos, benefício de retenção de clientes aprimorada, satisfação e inclusão de comunidades de baixa renda.
Por outro lado, não foram encontradas diferenças significativas em termos de lucratividade geral, crescimento de vendas, demissões voluntárias e reduções de emissões.
“Nossas descobertas avançam na teoria sobre como o empreendedorismo cria valores para os stakeholders, aplicando uma metodologia de pesquisa indutiva inovadora baseada em dados objetivos sobre investimentos, estruturas organizacionais existentes e medidas de desempenho corporativo”, defendeu Heiko Spitzeck.