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Liderança
Ao longo da pandemia, o comportamento dos consumidores mudou, as cadeias de suprimentos globais foram interrompidas e a batalha por talentos se intensificou. Para entender melhor como os Chief Strategy Officers (CSOs) estão lidando com esses desafios, o relatório Monitor Deloitte entrevistou 230 executivos de 35 países em todo o mundo, representando organizações de diferentes tamanhos e setores. O resultado trouxe três tendências que impactarão as empresas ao longo dos próximos meses.
(1) Semeando oportunidades
A primeira delas é a capacidade de superar desafios de curto prazo para semear oportunidades lá na frente. A maioria dos CSOs (77%) se mostra otimista sobre a capacidade de sua empresa em gerar receita, lucratividade e crescimento. Para isso, eles mudaram a estratégia.
Enquanto grande parte do crescimento gerado em 2021 foi impulsionado por investimentos em produtos e serviços (66% do total investido), em 2022, os CSOs esperam crescer além do foco principal, especialmente visando novas ofertas, canais e categorias (50% do total de investimento futuro).
(2) Maturidade digital
A transformação digital também tem seu valor, e 84% dos CSOs concordam que tecnologias avançadas exercem um papel fundamental como facilitador estratégico em seus negócios. Para eles, é possível desbloquear novas oportunidades de mercado e impulsionar o desempenho. Porém, quase a metade dos entrevistados ainda vê as suas empresas como carentes em maturidade para alavancar efetivamente essas tecnologias em todo o seu potencial.
(3) Propósito corporativo
Por último, é preciso uma estratégia com propósito, que respeite as necessidades dos clientes e acionistas e também de fornecedores, comunidades, e o meio ambiente. O propósito corporativo já é uma prioridade para o C-Level, segundo 73% dos entrevistados. Já 77% afirmam que sua empresa têm uma estratégia com propósito bem definida.
A maior parte dos esforços de propósito estão relacionados ao meio ambiente e sustentabilidade (62%), diversidade, equidade e inclusão (56%) e desenvolvimento da força de trabalho (55%).
A conclusão do estudo é de que os CSOs terão de continuar a construir a capacidade de suas organizações de operar de forma ambidestra, ou seja: protegendo seus negócios principais enquanto buscam oportunidades além do negócio tradicional. Para isso, vão precisar se apoiar em tecnologias avançadas, tanto para descobrir novos negócios quanto para melhorar o desempenho operacional, sem deixar de lado o papel da empresa social para contribuir com o bem-estar geral do planeta e da sociedade.
