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Transição do 4G para o 5G mudará modelo de negócio das empresas

Em entrevista à FDC, gestor do grupo Stefanini destaca também a importância do poder de cognição nas empresas, diante de uma avalanche de novas informações que estão por vir

5G nos negocios © - Shutterstock
por Redação janeiro 14, 2023
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O recurso 5G será fundamental para o desenvolvimento de tecnologias e é ele que permitirá o avanço de NFTs, do blockchain e do metaverso. Sem tecnologia 5G, nada disso funcionará a contento. Por outro lado, de nada adianta a tecnologia avançada, se as empresas não tiverem seu poder de cognição apurado, se não tiverem insights em relação aos seus mercados, para poder traçar novos rumos para os negócios. Esses foram alguns dos pontos abordados no episódio 5 da série ‘Atenção à Inovação’, veiculada no canal da Fundação Dom Cabral no YouTube.

No episódio, a professora da FDC Ana Burcharth entrevista Fabrício Habib, diretor comercial do grupo Stefanini, multinacional brasileira de softwares para informática e consultoria.

É preciso olhar na direção certa

© – Shutterstock

“Fala-se muito em tecnologias como o NFT, o blockchain e o metaverso, mas eu colocaria o 5G nesse pacote. Eu acho que todo gestor deve olhar essas quatro principais tecnologias, porque acredito que vão ser elas que, a curto e médio prazo, mais vão impactar o modelo de negócios. Acho que se o gestor olhar essas tecnologias com um olhar de business, estará olhando na direção certa”, analisou Fabrício Habib.

Ao falar sobre a importância do 5G, o executivo citou uma gama de atividades que envolvem o recurso, como os veículos autônomos.

“Não é possível um carro autônomo funcionar ou um drone voar pelos céus com as chamadas latências, o tempo de resposta de rede que a gente tem hoje. Um carro autônomo não pode esperar segundos para entender se vai frear ou não, ele atropela alguém”, argumentou Habib.

Impacto em diversas atividades

Mas de nada adianta a evolução tecnológica e o auxílio do 5G, se as empresas não souberem olhar para a enorme quantidade de informação que é – e será – produzida, sem usá-la para entender o mercado e conduzir seus negócios.

“Na hora que o 5G estiver de fato disponível, muda o modelo de negócio das empresas de logística, da aviação. A Internet das Coisas passa a acontecer de verdade. Os varejos conseguem ter 100% das suas mercadorias à venda conectadas e monitoradas, o que muda a gestão de estoque. O 5G muda o mundo em que vivemos hoje. A transição do 4G para o 5G terá um impacto profundo no modelo de negócio das empresas. A atenção das organizações precisa estar virada para essa disrupção tecnológica”, defendeu o executivo.

Poder de cognição apurado

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Os avanços tecnológicos exigirão das empresas e de seus gestores o desenvolvimento mais apurado da cognição, para entender como avançar e usufruir de novos recursos.

“Eu acho que a capacidade de cognição ainda é uma competência que a maioria das organizações lida de maneira sutil. Acho que nós ainda não transformamos isso em asset organizacional real”, afirmou Habib.

“No momento em que você começa a receber informações em tempo real, de nada adianta se o grupo de pessoas que dirige o negócio não tiver um poder de cognição, de entender de fato o que essas informações estão dizendo sobre uma nova mecânica de consumo, sobre uma nova maneira de usar um produto ou serviço, ou sobre um novo comportamento do consumidor. É preciso ter esse poder de cognição, pois a quantidade de dados e de informações chegará num volume nunca antes visto na história da humanidade”, finalizou Habib.




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