Pela primeira vez na história do índice Fortune 500, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, mais de 10% das empresas têm CEOs mulheres, porcentagem que ficou em 8% durante muito tempo. No dia 1º de janeiro de 2023, mais cinco mulheres passaram a ocupar cargos de CEOs das empresas Fortune 500, totalizando 53 mulheres em tal posição.
O aumento de 2% parece pouco, mas é significativo em um cenário no qual a imensa maioria dos CEOs é homem. Por isso, segundo matéria da revista Forbes, grandes avanços só são possíveis graças aos inúmeros pequenos passos dados antes. Todas as promoções ao cargo de CEO que mudaram o percentual aconteceram dentro das próprias organizações.
Efeito cascata nas organizações
Segundo a Forbes, a presença feminina na liderança das companhias cria efeitos cascata nas suas organizações, melhorando, inclusive, a maneira como as companhias pensam sobre mulheres. Afinal, pesquisadores descobriram que ter mais mulheres em cargos de liderança desmancha os estereótipos que seguram o crescimento delas nas empresas. E mais: as mulheres são mais propensas a contratar mulheres, o que significa que uma representação mais igualitária no C-level pode acarretar em uma melhor representatividade em todos os níveis corporativos.
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Estudos também mostram que quanto mais mulheres no topo das companhias, mais saudável fica a cultura de trabalho – para ambos os sexos. Além disso, aumentam as chances das conquistas femininas serem reconhecidas e fica mais provável as mulheres serem promovidas.
Confira quem são as cinco novas CEOs de algumas das maiores empresas dos EUA:
Karla Lewis, CEO da Reliance Steel & Aluminum
Karla Lewis tornou-se CEO da Reliance Steel & Aluminum depois de trabalhar mais de três décadas na multibilionária companhia de metais. Lewis entrou na Reliance em 1992 como controladora corporativa e trilhou o caminho corporativo ocupando diversas posições, desde CFO até vice-presidente executiva sênior.
Julia Sloat, CEO da AEP (American Electric Power)
Outra especialista na empresa que ela agora lidera é Julia Sloat, que é a sétima e mais nova CEO da AEP (American Electric Power), uma companhia de Ohio que atende mais de 5 milhões de consumidores em 11 estados norte-americanos. Sloat entrou na companhia em 1999 como analista sênior e já foi CFO e COO da companhia. Seu talento chega em um momento delicado para a AEP, com a transição da empresa dos combustíveis fósseis para recursos de energia renovável.
Jennifer A. Parmentier, CEO da Parker Hannifin
Também da indústria de materiais e manufaturas, Jennifer A. Parmentier entrou no cargo de CEO da Parker Hannifin, a secular companhia de tecnologias de movimento e controle e que cria soluções para os ramos aeroespacial, de painéis solares, de turbinas eólicas, entre outros. A executiva se uniu à empresa em 2008 como gestora de fabricação e, desde 2021, é a sua COO.
Stephanie Ferris, CEO da FIS (Fidelity National Information Services)
Uma das mulheres mais poderosas no ramo das fintechs, Stephanie Ferris é, agora, CEO da FIS (Fidelity National Information Services). Uma veterana com 28 anos na indústria de fintechs e finanças, Ferris entrou na FIS como CFO da Worldpay, empresa de processamento de meios de pagamento e comprada pela FIS em 2019. Ela rapidamente assumiu papéis de liderança na companhia, incluindo as posições de COO e CAO.
Maria Black, CEO da ADP (Automatic Data Processing)
Outra líder global do ramo de tecnologia, Maria Black se tornou CEO da ADP (Automatic Data Processing), passando a liderar a companhia de tecnologias de RH e remuneração como sua sétima CEO. Uma funcionária longeva da empresa, Black entrou na ADP em 1996 como associada de vendas. Sua carreira de sucesso a fez assumir cargos como diretora-geral de serviços do empregador e presidente global de vendas e marketing da companhia.