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Brasil tem grande potencial para mercado de carbono

País pode liderar mundialmente o mercado de carbono através da venda de créditos para empresas que não conseguem neutralizar a produção de GEE

mercado de carbono © - Shutterstock
por Redação julho 12, 2023
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As iniciativas para redução – e mesmo eliminação – de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera são crescentes em várias áreas. A ideia é neutralizar a emissão, principalmente de dióxido de carbono (CO2), alcançando uma pegada neutra. O processo pode ser direto – quem produz a emissão captura o gás e o neutraliza – ou indireta, o que nos leva à criação do mercado de carbono. 

A compensação do carbono emitido possui, inclusive, uma lógica: de um lado temos empresas que geram créditos de carbono por iniciativas positivas ao meio ambiente, incluindo o plantio de árvores ou transformação de aterros sanitários em áreas de produção de energia. Por outro lado, há empresas que não conseguem neutralizar a emissão de GEE que produzem, o que as transforma em potenciais compradoras de créditos de carbono.

O segundo caso, resumidamente, é o mercado de compensação de carbono. O tema é de interesse crucial para o Brasil, pois temos o potencial de liderar esse mercado em nível global, principalmente para atender a demanda de crédito de carbono dos países do hemisfério do Norte. A avaliação é de especialistas, como o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Cacá Takahashi.

Mercado de carbono precisa de regulamentação

mercado de carbono
© – Shutterstock

Para avançar nesse caminho, a indicação de quem conhece o mercado envolve a necessidade de regulamentação, atualmente em discussão no país. A estruturação, com padrões, permitirá que o Brasil não perca o bonde e crie padrões de emissão de crédito, com a consequente atração de compradores internacionais que não conseguem neutralizar suas próprias emissões de GEE. 

Mesmo no universo de quem já compensa a emissão de GEE, o mercado é grande no Brasil. Iniciativas não faltam, como a da Água na Caixa, que engarrafa água mineral em caixas de papelão e não em garrafas PET. Outro exemplo é o da No Carbon, que fabrica produtos lácteos de origem animal e neutraliza todas as suas emissões a partir do plantio de árvores nativas.

“O mercado de compensação de carbono tornou-se uma importante ferramenta para empresas e pessoas físicas engajadas no combate às mudanças climáticas”, argumenta Luis Adaime, CEO da climatech Moss. Ele confirma o potencial do Brasil nessa área, mas lembra que é fundamental a aplicação da inovação e da tecnologia nos processos de geração de créditos para o desenvolvimento e crescimento do setor. 

No seu modelo de negócio, a Moss tem uma  plataforma de compensação, que envolve um sistema de monitoramento digital, report e verificação para avaliar áreas florestais com potencial para projetos de créditos de carbono. Ágil, a solução entrega, em minutos, um processo que tradicionalmente pode levar até seis meses. O salto é conseguido pelo uso de análise geoespacial, sensoriamento remoto, inteligência artificial e Big Data.




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