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Apoio aos refugiados é complemento à identidade brasileira

Em artigo, Ana Carolina Almeida, líder do Centro Social Cardeal Dom Serafim, da FDC, comenta sobre a importância de programas de apoio a refugiados, como o BASIS

refugiados © - Shutterstock
por Redação abril 15, 2023
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Ao longo de sua história, o Brasil é reconhecido como porto seguro para estrangeiros. Seja em momentos de grande prosperidade ou em meio às mais severas crises, sempre estivemos de portas e braços abertos para receber pessoas dos quatro cantos do mundo. O raciocínio é de Ana Carolina Almeida, líder do Centro Social Cardeal Dom Serafim, da FDC. Ela publicou artigo a respeito no blog ‘Papo de Responsa’, da Folha de São Paulo, onde completou que “a cultura brasileira foi moldada pela diversidade e, a contribuição de povos de todos os continentes, ajudou a construir nossa identidade. E com pessoas refugiadas não tem sido diferente”.

Ana Carolina está à frente de um programa criado pela Fundação Dom Cabral para a capacitação de organizações sociais que desenvolvem ações de apoio a refugiados no Brasil. O BASIS– Organizações de Proteção a Pessoas Refugiadas capacita gestores de instituições parceiras da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), permitindo a assimilação de conceitos e fundamentos de governança e gestão necessários para obter melhores resultados nas iniciativas.

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Formada por 12 organizações sociais e seus 30 gestores, a primeira turma do programa começou a receber aulas no formato online em fevereiro, e segue no curso de oito meses até agosto. Com workshops e monitorias, o curso tem como diferencial a capilaridade para alcançar iniciativas em qualquer parte do mundo, além de conteúdo de implementação imediata, adequado ao estágio de maturidade de cada organização e contando com professores com experiência em iniciativas de impacto social. “A ideia é capacitar gestores de instituições que atuam diretamente com quem enfrentou os horrores da perseguição”, explicou Ana Carolina.

Mais de 89 milhões de refugiados no mundo em 2021

Ela é engenheira civil, com MBA pela Kellogg School of Management e experiência internacional no mercado financeiro. Baseada em números da ACNUR, ela disse que mais de 89 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas à força de suas casas no fim de 2021. Isso foi resultado de conflitos, violação de direitos humanos ou eventos que perturbaram gravemente a ordem pública. Pelas estatísticas da ACNUR, houve crescimento de 131% nessas movimentações em apenas cinco anos.

A gestora acrescentou em seu artigo que, segundo o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), em 2021 houve 29.107 solicitações para a condição de refugiados no Brasil. Em 2022, foram mais de 3,7 mil pessoas, de diversas nacionalidades reconhecidas nessa condição. 

A engenheira acrescentou que o curso do programa BASIS tem conteúdo e metodologia específicos, alinhando-se a outras iniciativas promovidas pelo Centro Social Cardeal Dom Serafim, que envolvem jovens em situação de vulnerabilidade, empreendedores populares e organizações sociais.

As 12 organizações sociais que começaram a cursar o BASIS foram mapeadas por meio da lista de organizações parceiras da ACNUR.




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