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Impacto positivo e legados sustentáveis
A agenda ESG não é um modismo e quanto mais próxima estiver dos CFOs, melhor. Esse poderia ser o resumo da pesquisa “ESG para executivos de finanças”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e pela PwC Brasil. O levantamento foi apurado entre maio e junho de 2022, com CFOs de 80 organizações que operam no país. A pesquisa não só avaliou a percepção deles em relação ao tema, mas também sobre o papel dos executivos na condução da agenda.
As políticas ligadas ao ESG são relevantes e têm impacto na saúde financeira das empresas, segundo o estudo. “Reportar e gerenciar metas financeiras e não financeiras relacionadas aos aspectos ambientais, sociais e de governança são tarefas cada vez mais relevantes e urgentes. Ratings, índices, ERM e normas IFRS relacionadas à responsabilidade social corporativa devem estar na pauta do CFO, e o momento atual é propício para aprender e fazer parte da mudança”, explicam os organizadores do relatório.
Executivos devem fazer ponte da agenda ESG com stakeholders
Outra conclusão do documento é a de que o executivo de finanças deverá estar atento a como essas questões impactam os negócios no curto e médio prazos, além de estabelecer como incorporá-las na estratégia e na declaração de propósito da organização. “O futuro depende de uma postura ativa sobre o tema ESG e exige do CFO um papel preponderante nesse novo ambiente, como um ente essencial no acompanhamento e na adoção de práticas sustentáveis”, destaca o documento.
O assunto também não pode ficar restrito ao ambiente financeiro e é papel do CFO levar a discussão a todos os stakeholders internos e externos, assim como à organização, com informação coerente e de qualidade, sempre que possível lastreada e combinada com as demonstrações financeiras. Além disso, faz parte do papel do executivo de finanças tangibilizar as oportunidades de investimento, incentivo fiscal e outras relacionadas ao ESG dentro da empresa.
“ESG é parte da estratégia. Quanto mais cedo as empresas se prepararem para esse desafio, maiores serão as chances de sucesso”, sentencia a pesquisa.